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Nestlé precisa aumentar reciclagem de cápsulas e testa recompensas

Nestlé precisa aumentar reciclagem de cápsulas e testa recompensas

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Nestlé precisa aumentar reciclagem de cápsulas e testa recompensas

A Nestlé, empresa conhecida por suas cápsulas de café, tem como objetivo mais do que dobrar o índice de reciclagem de suas cápsulas nos próximos anos. Atualmente, o índice de reciclagem das cápsulas Nespresso está em 24%, o que parece ser muito comparado ao índice geral de tratamento de materiais recicláveis, que é de apenas 4%. No entanto, é importante considerar os 65% das cápsulas que não estão sendo destinadas corretamente.

A meta global da Nestlé é chegar a 50% de reciclagem até 2025 e a 80% até 2030. Atualmente, as cápsulas Nespresso e Nescafé Farmers Origin são produzidas em alumínio, enquanto as cápsulas Dolce Gusto são feitas de plástico. Quando enviadas para a coleta seletiva, lojas Nespresso ou pelos Correios, as cápsulas são encaminhadas para centros de reciclagem, onde são separadas por tipo e marca.

A partir disso, as cápsulas são descaracterizadas e trituradas, resultando em resíduos plásticos ou de alumínio. O pó do café é doado para projetos de adubo em pequenas propriedades rurais, enquanto os materiais recicláveis são destinados para empresas processadoras. O alumínio é transformado em lingotes e conduítes, enquanto o plástico é vendido e utilizado na produção de paletes e até mesmo em um porta-cápsulas feito com material reciclado.

A Nestlé tem buscado aumentar o engajamento dos consumidores com a reciclagem das cápsulas. Uma pesquisa interna indicou que 86% dos clientes sabem que as cápsulas são recicláveis, mas ainda não estão convertendo esse conhecimento em práticas de reciclagem. Para incentivar a reciclagem, a empresa está testando programas de recompensas.

Um dos pilotos em teste é realizado no Rio de Janeiro, onde o consumidor pode levar suas cápsulas vazias a uma boutique Nespresso, informar o CPF em um tablet e receber algum tipo de benefício a ser definido. Em São Paulo, os consumidores podem trocar sacolas com 100 cápsulas Dolce Gusto por R$ 2, pagos imediatamente por meio do Pix.

Além disso, a Nestlé remunera cooperativas para tornar a separação das cápsulas rentável. A empresa também possui metas ambientais, como reduzir em 50% sua pegada de carbono até 2030 e zerar as emissões na produção de café verde. A meta global da empresa é alcançar emissões zero até 2050.

É importante mencionar que muitas empresas estão desacelerando suas ações climáticas em todo o mundo, adiando compromissos relacionados à redução de emissões. No entanto, a Nestlé está investindo R$ 300 milhões até 2025 na produção de cápsulas compostáveis feitas em papel certificado, em uma fábrica localizada em Montes Claros, Minas Gerais.

A fábrica de Dolce Gusto em Montes Claros é referência em sustentabilidade, recebendo certificações relacionadas ao uso de água, produção de lixo e emissão de gases tóxicos. A água usada na fábrica é proveniente da evaporação do leite, passando por processo de purificação. A linha de produção das cápsulas é automatizada e possui baixa emissão de carbono.

A Nestlé está buscando soluções para aumentar a reciclagem de suas cápsulas e está testando programas de incentivo e recompensas para os consumidores. Essa ação é fundamental para impulsionar a sustentabilidade e o engajamento dos consumidores com a reciclagem, visando alcançar as metas ambientais da empresa.

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