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Na Bolsa, Lula 3 é quase igual a Bolsonaro e Temer, até agora

Na Bolsa, Lula 3 é quase igual a Bolsonaro e Temer, até agora

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Na Bolsa, Lula 3 é quase igual a Bolsonaro e Temer, até agora

O índice Ibovespa é considerado a fita métrica do mercado financeiro brasileiro. Ele possui a importante função de indicar quando a Bolsa está em alta ou em baixa. Não é algo exclusivo do Brasil, as principais economias globais também possuem seus próprios índices, como o S&P 500 e o Nasdaq nos Estados Unidos, e o Merval na Argentina.

O Ibovespa é um sinal fundamental para acompanhar a reação do mercado financeiro, sendo um indicador que fala mais por seus números do que pelas palavras. Ao analisarmos a variação da Bolsa brasileira no último ano, podemos observar que o mercado reagiu muito positivamente ao primeiro ano do terceiro mandato do governo petista. O Ibovespa teve uma alta de 26,14% em 2023, quase 2 pontos percentuais acima do S&P 500, principal indicador do mercado global, que registrou ganhos de 24,23%.

É importante lembrar que os investimentos em Bolsa competiam com uma taxa de juros que variava entre 13,75% e 11,75% ao ano. Portanto, a renda variável ainda era pouco atraente, especialmente quando comparada a ativos de baixo risco, como títulos do Tesouro.

Tradicionalmente, o primeiro ano de um governo é chamado de "lua de mel". Nesse período, cidadãos, imprensa e analistas tendem a ser mais favoráveis, dando tempo para que a nova equipe se estabeleça e coloque em prática suas promessas de campanha. Por isso, faz todo sentido comparar o primeiro ano do governo atual com os mesmos períodos dos governos anteriores.

Ao realizar essa comparação, é notável que o primeiro ano do terceiro mandato de Lula é quase igual aos primeiros 365 dias de governo de Bolsonaro e de Temer. Assim como Lula, Temer também viu a Bolsa subir 26% em seu primeiro ano de governo. Já Bolsonaro teve um resultado um pouco melhor, com uma alta de 27% nos primeiros 12 meses.

No entanto, é importante destacar que, durante o governo Temer, o Ibovespa teve um desempenho quase 10 pontos percentuais acima do S&P 500, enquanto no governo Bolsonaro, os ganhos ficaram 1,7 ponto percentual abaixo desse indicador global.

Para ampliar a comparação, nos primeiros anos dos mandatos de Dilma Rousseff, o Ibovespa registrou quedas de 10% (em 2015) e 18% (em 2011). Já nos outros mandatos de Lula, o mercado teve grandes altas, com ganhos de 40% (em 2007) e 91% (em 2003) nesse período.

É interessante notar que o aumento no mercado de renda variável no último ano não foi impulsionado por investidores individuais, como você e eu. A participação desses investidores, categorizados como "pessoas físicas", no volume de negociações da Bolsa caiu de 19% no final de 2021 para 14,9% em 2022, chegando a 13,9% no final de 2023, de acordo com dados do (nome da fonte não especificado na solicitação).

Os investidores estrangeiros foram responsáveis por 50,4% das negociações em 2021 e agora respondem por 54,8% delas. Além disso, a participação dos investidores institucionais, como administradores de grandes fortunas, também cresceu, passando de 25% das negociações para 26,8%.

O fluxo de entrada de capital estrangeiro em ações brasileiras atingiu R$44,9 bilhões em 2023, de acordo com levantamento divulgado pelo BTG Pactual. Em 2022, esse valor foi de R$100,8 bilhões. Considerando que nos três anos anteriores os investidores estrangeiros retiraram mais dinheiro do que colocaram na Bolsa brasileira, esses números indicam otimismo por parte dos estrangeiros em relação ao Brasil, pelo menos até agora.

Em resumo, o primeiro ano do terceiro mandato de Lula apresenta resultados semelhantes aos primeiros anos dos governos de Bolsonaro e Temer, quando se trata do desempenho da Bolsa de Valores brasileira. Apesar de pequenas variações, todos esses governos tiveram um cenário positivo para a Bolsa em seus primeiros anos. Entretanto, é importante destacar que durante o governo Temer houve uma performance melhor em relação ao mercado internacional. Já em relação aos investidores, é possível observar uma diminuição da participação dos investidores individuais e um aumento da presença de investidores estrangeiros e institucionais nas negociações da Bolsa brasileira.

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