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Minha Casa, Minha Vida turbina mercado imobiliário, e índice do setor lidera alta na Bolsa

Minha Casa, Minha Vida turbina mercado imobiliário, e índice do setor lidera alta na Bolsa

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Minha Casa, Minha Vida turbina mercado imobiliário, e índice do setor lidera alta na Bolsa

O mercado imobiliário teve um forte impulso em 2023, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, de acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). As vendas de imóveis residenciais aumentaram 23,5% nos primeiros dez meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa alta foi em grande parte impulsionada pelo programa do governo federal, que representou 70,3% dos empreendimentos comercializados, totalizando 126.774 unidades.

O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 e substituído durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o programa foi retomado em meados de 2023, com condições mais favoráveis, como um teto maior para financiamento de imóveis, subsídios e juros mais baixos. Essas medidas ampliaram o número de beneficiários e estimularam o mercado imobiliário, que se mostrou resiliente mesmo diante das altas taxas de financiamento habitacional.

Na Bolsa de Valores, o setor imobiliário teve um desempenho destacado em 2023, com o Índice Imobiliário liderando a alta na B3, com aproximadamente 53%. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 20%. Esse crescimento foi reflexo do fortalecimento das vendas no segmento de baixa renda e da boa execução orçamentária do FGTS, principal fonte de recursos para o crédito imobiliário destinado à população de menor poder aquisitivo.

O segmento de médio e alto padrão, que é mais resiliente a juros altos, também contribuiu para o crescimento do mercado imobiliário em 2023. Houve um aumento de 12,5% no volume de unidades comercializadas nesse segmento, totalizando 34.103 imóveis, e um crescimento de 8,7% no valor das vendas. A percepção de que o imóvel no Brasil está barato em comparação com outros países tem impulsionado a demanda nesse segmento.

Segundo a Abrainc, a readequação gradual nos níveis de estoque do segmento de médio e alto padrão é um sinal positivo para o mercado imobiliário. A duração da oferta, ou seja, o tempo que os empreendimentos ficam parados sem vender, reduziu de 24 meses no início de 2023 para 17 meses. Isso indica uma maior demanda e disposição dos consumidores em adquirir imóveis nesse segmento.

Para as incorporadoras, as condições favoráveis do mercado imobiliário se mantêm em 2024. O orçamento do FGTS já está definido, as condições do Minha Casa, Minha Vida estão estabelecidas, há legislações municipais positivas para o setor e a taxa Selic está em processo de queda. Esses fatores contribuem para o otimismo e a expectativa de um bom desempenho do mercado imobiliário neste ano.

Entretanto, é essencial que a taxa Selic continue caindo ao longo deste ano para que o setor de incorporação possa desempenhar um papel importante no crescimento econômico e na geração de empregos. Além disso, a manutenção de regras estáveis para o FGTS também é fundamental para o mercado imobiliário.

Apesar do otimismo, o setor imobiliário está atento a uma ação que está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e que discute possíveis mudanças na rentabilidade do FGTS. Essas mudanças podem afetar o financiamento do Minha Casa, Minha Vida e elevar os juros habitacionais, prejudicando os mais pobres.

O programa Minha Casa, Minha Vida tem sido uma oportunidade para as incorporadoras de todos os portes, beneficiando não apenas as maiores empresas, mas também as de menor porte. Isso contribui para o desenvolvimento do mercado imobiliário como um todo, proporcionando opções mais acessíveis e projetos inovadores, inclusive com foco em sustentabilidade.

Em suma, o programa Minha Casa, Minha Vida impulsionou o mercado imobiliário em 2023, tanto nas vendas de imóveis residenciais quanto no crescimento do Índice Imobiliário na Bolsa de Valores. O programa ampliou o acesso à moradia para famílias de menor renda, gerando empregos e impulsionando o setor. O otimismo se mantém para 2024, mas é importante que a taxa Selic continue em queda e que as regras estáveis para o FGTS sejam preservadas.

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