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Milionários pagam menos Imposto de Renda que professores e enfermeiros

Milionários pagam menos Imposto de Renda que professores e enfermeiros

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Estudo revela que milionários pagam menos Imposto de Renda do que profissionais de outras categorias

Um estudo realizado pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) revelou que os milionários brasileiros pagam proporcionalmente menos Imposto de Renda do que professores, enfermeiros e policiais. Os contribuintes que declararam renda acima de 160 salários mínimos (ou R$ 2,1 milhões anuais) pagaram, em média, uma alíquota de apenas 5,43%.

Essa alíquota é menor do que a paga por diversas categorias de profissionais do país. Por exemplo, médicos pagam 9,42%, professores de ensino médio pagam 8,94%, policiais militares pagam 8,87%, servidores públicos pagam 9,54% e enfermeiros pagam 8,77%. Essa discrepância ocorre, principalmente, devido ao fato de que muitos milionários têm grande parte de sua renda proveniente de lucros e dividendos de empresas, que são isentos de Imposto de Renda desde 1996.

Essa isenção de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos é considerada por especialistas como uma anomalia do sistema tributário brasileiro, já que vai contra padrões internacionais. No entanto, o governo tem planos de mudar essa situação. O secretário extraordinário da reforma tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a reforma do Imposto de Renda, que será entregue ao Congresso até o final do ano, pretende voltar a taxar lucros e dividendos.

Impactos no mercado financeiro e para investidores individuais no Brasil

Essa proposta de tributação de lucros e dividendos pode ter impactos significativos no mercado financeiro brasileiro e para os investidores individuais do país. A taxação desses rendimentos pode diminuir a vantagem de investir em empresas que distribuem lucros e dividendos, tornando outras formas de investimento mais atrativas.

Além disso, a correção na tabela do Imposto de Renda também trará impactos para os investidores individuais. Atualmente, a alíquota máxima do IRPF é de 27,5%, e qualquer pessoa com salário acima de R$ 4.664,69 paga essa alíquota. Isso significa que uma pessoa que ganha R$ 5 mil e outra que ganha R$ 100 mil pagam o mesmo imposto.

A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de aumentar a faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil até 2026 pode beneficiar os investidores, principalmente os de menor renda. Com a correção das demais faixas, que não são atualizadas desde 2015, haverá uma distribuição mais justa da carga tributária.

Em resumo, o estudo do Sindifisco revela uma desigualdade na tributação do Imposto de Renda no Brasil, com os milionários pagando proporcionalmente menos do que profissionais de outras categorias. A proposta de taxação dos lucros e dividendos e a correção na tabela do IRPF podem trazer impactos no mercado financeiro e para os investidores individuais no país. É importante estar atento a essas mudanças, pois elas podem influenciar na forma como investimos e declaramos nossos rendimentos.

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