
Mercado de trabalho deve pisar no freio em 2024, após reação em 2023, dizem analistas
22/12/2023O mercado de trabalho brasileiro deve desacelerar em 2024, de acordo com análise de analistas econômicos. Isso está associado à perspectiva de atividade econômica no próximo ano. As projeções indicam um crescimento acima do esperado para a economia brasileira em 2023, mas essa tendência deve perder ritmo no ano seguinte, com estimativas de avanço em torno de 1,5%. Isso se deve aos juros altos e ao estímulo menor da economia.
Taxa de desemprego e criação de empregos
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Segundo o economista Rodolpho Tobler, do FGV Ibre, em 2024 o mercado de trabalho brasileiro terá um ritmo mais fraco, sem um supercrescimento da atividade econômica e, consequentemente, sem uma grande criação de vagas. A taxa de desemprego, que deve fechar o quarto trimestre de 2023 abaixo de 8%, tende a subir para a faixa entre 8% e 8,5% até o final do próximo ano.
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A queda da taxa de desemprego em 2023 foi impulsionada pelo aumento da população ocupada. Nos três meses encerrados em outubro, o número de ocupados ultrapassou os 100 milhões, pela primeira vez na série histórica da pesquisa Pnad. Porém, esse resultado ainda está sujeito a revisões.
Expectativas para 2024
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O economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, afirma que a taxa de desemprego deve chegar a 7,2% no quarto trimestre de 2023 e aumentará para 8,5% até o final de 2024. No entanto, isso não significa um cenário negativo para o mercado de trabalho, pois espera-se que mais brasileiros que estão afastados da força de trabalho voltem a buscar emprego, o que pressionaria a taxa de desocupação.
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A participação da população na força de trabalho, medida pela taxa de participação, ficou em 61,9% no trimestre até outubro de 2023, abaixo do pré-pandemia (63,8% no trimestre até outubro de 2019). Essa taxa pode aumentar um pouco em 2024, o que também contribuirá para o aumento da taxa de desemprego.
Renda média do trabalho
- Em 2023, houve aumento da renda média do trabalho da população ocupada, chegando a R$ 2.999 por mês no trimestre até outubro. Essa quantia representa uma alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2022. Para 2024, espera-se um cenário positivo para a renda, mas com um crescimento mais moderado.
Análises e perspectivas
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Segundo a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, a população ocupada deve continuar em expansão em 2024, mesmo em ritmo mais lento. Isso porque a atividade econômica, que impulsionou o mercado de trabalho em 2023, não terá um crescimento tão expressivo.
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O economista Luca Mercadante, da Rio Bravo Investimentos, avalia que o cenário para o mercado de trabalho em 2024 ainda é considerado positivo, apesar da desaceleração da atividade econômica. Ele projeta uma taxa de desemprego de 8,9% no quarto trimestre de 2024.
Conclusão
- Em resumo, as análises indicam que o mercado de trabalho brasileiro deve desacelerar em 2024, após reagir em 2023. A taxa de desemprego tende a aumentar e alcançar valores entre 8% e 8,5%. No entanto, ainda é esperado um crescimento da população ocupada, e a renda média do trabalho também deve continuar em ascensão, porém em um ritmo mais moderado.
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