Mercado de seguros vai crescer acima de 10% em 2023 e de 11% em 2024, projeta CNseg

O mercado segurador brasileiro está em constante crescimento e as projeções para os próximos anos são animadoras. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor deve crescer mais de 10% em 2023, superando a estimativa inicial de 9,4%. Já em 2024, espera-se um crescimento acima de 11%.

Arrecadação e indenizações

Até dezembro deste ano, as seguradoras devem arrecadar incríveis R$ 663 bilhões, um aumento de mais de R$ 60 bilhões em relação ao ano passado. Esse crescimento na arrecadação reflete a maior conscientização da população sobre a importância do seguro para proteger seus bens e mitigar riscos.

As indenizações pagas pelos seguradoras também devem bater recordes em 2023. Estima-se que a cifra supere os R$ 432,7 bilhões pagos em 2022, chegando a cerca de R$ 460 bilhões. Esse montante representa um comprometimento do setor em honrar seus compromissos e oferecer suporte aos clientes.

Impacto na economia brasileira

O setor de seguros tem uma grande relevância para a economia brasileira. Tanto em 2023 quanto em 2024, espera-se que represente cerca de 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse dado demonstra a importância do setor como um impulsionador econômico e gerador de empregos.

Desafios e iniciativas

Apesar do crescimento promissor, o mercado segurador enfrenta desafios, como a baixa cobertura e o gap de proteção existente. A CNseg destaca que a ampliação do acesso aos benefícios do setor para um grupo mais amplo da população brasileira é uma das principais metas.

Além disso, são destacadas algumas iniciativas importantes que impactaram o setor ao longo do ano e devem seguir em pauta em 2024. Entre elas, a aprovação da Lei 14.652, que permite o uso de planos de previdência e títulos de capitalização como garantia em operações de crédito, e a aprovação da Reforma Tributária com regime especial para o setor segurador.

Perspectivas para 2024

Para o próximo ano, a expectativa é que a aprovação do PLC 29/17, a "nova" Lei de Seguros, traga avanços significativos para o setor, com regulamentação ao longo do ano. Outro destaque é o projeto do seguro social contra catástrofe, apresentado ao governo e na COP 28, que ganha cada vez mais relevância devido às iniciativas voltadas para infraestrutura.

Setores específicos

Dentro do mercado segurador, alguns setores merecem destaque. No segmento de previdência e vida, o Brasil possui um grande potencial de mercado e ocupa apenas o 26º lugar no ranking da OCDE. Já em seguros de pessoas, estamos na 43ª posição. No entanto, houve um crescimento expressivo em seguros de vida individual neste ano, com alta de 18,7%.

Na área de saúde suplementar, foram identificadas dificuldades relacionadas às fraudes, que causaram perdas de até R$ 34 bilhões para os planos de saúde. A digitalização do setor durante a pandemia contribuiu para facilitar as fraudes, que ocorrem principalmente em reembolsos.

Capitalização e seguros gerais

No setor de capitalização, as projeções indicam um crescimento considerável nos próximos anos. A arrecadação anual com vendas de títulos de capitalização deve triplicar, passando de R$ 30 bilhões para R$ 89 bilhões por ano até 2026, de acordo com a Fenacap.

Por fim, a FenSeg destaca a importância de seguros para proteger a população contra as intempéries climáticas. O seguro residencial, por exemplo, é contratado por apenas 17% dos lares brasileiros, enquanto o seguro automotivo protege apenas 30% da frota do país.

Em resumo, o mercado segurador brasileiro está em pleno crescimento e promete avançar nos próximos anos. Os investimentos no setor trazem resultados significativos para a economia e proporcionam mais segurança para os indivíduos. É fundamental que a população esteja cada vez mais consciente da importância do seguro para proteger seus bens e garantir tranquilidade em momentos de imprevistos.