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Menos China e mais EUA no GPS da economia

Menos China e mais EUA no GPS da economia

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Menos China e mais EUA no GPS da economia

Todo o mundo se acostumou com uma China cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu mais de 6% anualmente desde 1991. Até 2015, aliás, eram mais de 7% ao ano. No entanto, é hora de recalcular a rota da economia mundial pensando que o termo "crescimento chinês" pode não ser mais a mesma hipérbole de antes.

Perspectivas de crescimento da China

Os analistas do Goldman Sachs, gigante global dos investimentos, apontaram na semana passada que trabalham com a perspectiva de que a China se estabilize com um crescimento anual de 4%, o que não seria pouco para outros players. De 2010 até hoje, o Brasil só cresceu mais de 4% duas vezes (2010 e 2021), e os Estados Unidos, só uma vez (2021).

O desafio do governo chinês

O governo chinês, centralizador por definição, usa seu controle para tentar aquecer o mercado. O gigante asiático possui cidades-fantasma, criadas para inflar a demanda da construção civil, mas sem que haja gente interessada em morar nelas. No mercado primário, o governo controla desde a fixação de preços de terras até o controle das vendas das incorporadoras.

Entretanto, o governo não tem tanto poder sobre o chamado mercado secundário, ou seja, quando a transação é feita entre pessoas. Agora, o país trabalha para conter cerca de US$ 8,4 trilhões em dívidas pendentes de hipotecas e de incorporadoras. Enquanto eles descobrem como lidar com o novo problema, a bolsa chinesa e os preços das commodities, como aço e petróleo, sofrem. Neste ano, o preço do petróleo tipo Brent já caiu mais de 7,5% e o aço longo é vendido, hoje, por 85% do valor de janeiro.

Movimento de investimentos

Os dados da EPFR, empresa que monitora o fluxo do dinheiro em fundos por todo o mundo, mostram que os fundos transnacionais chegaram à marca de US$ 70 bilhões em ativos nos EUA em novembro, enquanto na China, depois de terem esbarrado nos US$ 20 bilhões em maio, hoje estão perto de zero.

O crescimento do PIB dos EUA acima do chamado consenso de mercado explica em parte esse movimento, enquanto a China ainda tenta encontrar o ritmo da sua nova realidade econômica.

Impacto no mercado financeiro brasileiro

A Bolsa brasileira ainda possui uma representatividade econômica pequena nesse oceano financeiro. No entanto, dependendo do quanto a carteira de investimentos de cada pessoa depende da exportação para a China, parece ser um bom momento para reconsiderar a "diversificação geográfica" do seu dinheiro.

Com as perspectivas de crescimento mais moderado da China e os bons resultados econômicos dos Estados Unidos, é natural que haja uma realocação de investimentos. É importante que os investidores brasileiros levem em conta essas mudanças para tomar decisões mais alinhadas com a nova dinâmica da economia global.

Portanto, é fundamental acompanhar as movimentações do mercado financeiro internacional e reavaliar estratégias de investimento, buscando diversificar os ativos e considerando a preferência por mercados mais estáveis e com perspectivas de crescimento sólidas, como é o caso dos Estados Unidos. Assim, os investidores ficarão mais preparados para enfrentar os desafios econômicos e aproveitar as oportunidades que surgem no cenário financeiro global.

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