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Medo de desemprego e dívidas reduzem confiança do brasileiro

Medo de desemprego e dívidas reduzem confiança do brasileiro

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Medo de desemprego e dívidas reduzem confiança do brasileiro

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revelou que a confiança do consumidor teve o primeiro recuo em quatro meses, o que resultou no menor nível desde junho. Essa queda na confiança é um indicativo de que os consumidores estão mais receosos em gastar, especialmente em bens e serviços mais caros que são frequentemente adquiridos a prazo.

Impacto no mercado financeiro e para os investidores

O mercado de trabalho é a principal preocupação dos consumidores. Apesar da diminuição do índice de desemprego no terceiro trimestre de 2022 (de 8,7% para 7,7% neste ano), é importante destacar que a taxa de participação na força de trabalho também diminuiu. Isso significa que proporcionalmente menos brasileiros em idade de trabalhar estão empregados ou procurando emprego. Para os investidores, essa queda na confiança do consumidor pode indicar uma menor demanda por produtos e serviços, o que pode afetar negativamente os resultados das empresas.

Outro fator que contribui para a apreensão dos consumidores é o elevado nível de endividamento e inadimplência. Isso limita a capacidade de consumo das famílias, mesmo com a queda na taxa de juros que iniciou em agosto. Além disso, as incertezas geradas pelo conflito no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas podem pressionar o aumento nos preços do barril de petróleo, influenciando na alta da inflação e reduzindo a possibilidade de uma queda mais acentuada na taxa básica de juros, a Selic.

Perspectivas futuras

As expectativas para os próximos meses também pioraram entre os consumidores. O pessimismo é generalizado em todas as classes de renda e capitais, acendendo um sinal de alerta sobre a resiliência do mercado de trabalho, que é um fator importante na recuperação da confiança.

É importante observar que a pesquisa não considera as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando ele afirmou que dificilmente vai zerar o déficit das contas públicas em 2024. A desconfiança em relação ao compromisso de Lula com as contas públicas tende a persistir, dadas as suas declarações exaltando a importância do gasto público para a economia. Isso pode gerar incertezas adicionais no mercado financeiro.

Intenção de compras das famílias e impacto na renda disponível

A intenção de compras das famílias teve a menor alta desde outubro de 2022, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da queda nas taxas de juros e das campanhas de renegociação de dívidas que facilitam o acesso a crédito para parte da população, as instituições financeiras continuam seletivas devido à persistente inadimplência. O alto endividamento e a inadimplência limitam a capacidade de consumo das famílias, reduzindo os efeitos positivos da desaceleração da inflação na renda disponível.

Percepção negativa em relação ao cenário econômico e ao ministro da Fazenda

Uma pesquisa da Genial Investimentos/Quaest mostrou que a percepção dos brasileiros em relação ao cenário econômico piorou. Cerca de 65% dos entrevistados acreditam que o cenário permaneceu igual ou piorou nos últimos 12 meses, enquanto a expectativa otimista em relação aos próximos 12 meses diminuiu. Além disso, a pesquisa também aponta um leve aumento no temor de desemprego.

A avaliação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também piorou. Houve um aumento na percepção negativa e o percentual dos que consideram seu trabalho positivo se igualou. Essa percepção negativa pode impactar a confiança dos investidores e influenciar na volatilidade do mercado financeiro.

Diante dessas informações, é importante que os investidores avaliem os riscos e as oportunidades do mercado financeiro. O cenário econômico atual exige cautela e uma análise mais aprofundada antes de realizar investimentos. É fundamental acompanhar as tendências e os indicadores que podem influenciar a confiança do consumidor e, consequentemente, o mercado financeiro.

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