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Margem de supermercados tende a subir com maior tíquete médio por pressão de El Niño

Margem de supermercados tende a subir com maior tíquete médio por pressão de El Niño

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Margem de supermercados tende a subir com maior tíquete médio por pressão de El Niño

Os supermercados brasileiros podem enfrentar um cenário favorável em 2024, com margens financeiras maiores, devido ao impacto do fenômeno climático El Niño nas lavouras. As mudanças nas temperaturas podem levar a um aumento nos preços dos alimentos, porém, de forma moderada, sem comprometer os volumes de venda.

Efeito do El Niño nas lavouras

Segundo analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, os efeitos do El Niño podem resultar em um aumento dos preços das commodities agrícolas, devido ao risco de quebra de safra. Isso pode levar os supermercados a repassar essa inflação aos consumidores, já que os alimentos são uma necessidade básica.

Potencial inflação versus consumo alimentar

Apesar dos preços mais elevados historicamente levarem a volumes mais baixos, a XP Investimentos considera que uma inflação em torno de 4% a 5% é favorável para o varejo alimentar, já que não compromete os volumes de vendas. Além disso, o poder de compra da população tem apresentado melhoras graduais, impulsionado pela queda da taxa Selic, reformas favoráveis ao emprego e inflação controlada.

Impacto nas margens dos supermercados

O aumento do preço dos alimentos pode impactar positivamente as margens dos supermercados, uma vez que eles possuem facilidade em repassar esses custos ao consumidor final. Com um potencial aumento no tíquete médio dos produtos, a receita por metro quadrado das empresas pode aumentar, enquanto a estrutura de custos provavelmente se manterá. Esse cenário é favorável para a alavancagem operacional das companhias, impactando positivamente as margens.

Valorização do setor na bolsa

No segundo semestre de 2023, houve um cenário de deflação alimentar, o que impactou negativamente o preço das ações de supermercados. No entanto, analistas acreditam que esse cenário ficou para trás e há espaço para uma valorização do setor na Bolsa. A expectativa é de que a queda da taxa Selic continue, o que é essencial para que os varejistas consigam capitalizar e aumentar as vendas.

Cautela em relação à quebra de safras

Apesar das perspectivas positivas para os supermercados, ainda é cedo para afirmar que haverá uma inflação alimentar este ano. Além disso, analistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não veem uma grande contribuição dos produtos agropecuários na inflação em 2024. Os especialistas ressaltam que ainda não há indicativos de uma pressão generalizada nos preços dos alimentos, mas ressaltam o risco de quebra de safras devido ao El Niño.

Impacto específico em cada empresa

Os supermercados mais expostos ao preço dos alimentos são o Assaí, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA), de acordo com os analistas. No entanto, o GPA possui questões específicas envolvendo o Casino. O Grupo Mateus é um pouco menos exposto devido à diversificação de suas atividades, que englobam também o setor de eletrônicos. As empresas ainda não divulgaram informações detalhadas sobre os efeitos da deflação alimentar em seus resultados financeiros.

Em resumo, caso ocorra um aumento nos preços dos alimentos devido ao fenômeno El Niño, os supermercados brasileiros têm a possibilidade de repassar essa inflação aos consumidores, contribuindo para um aumento do tíquete médio e, consequentemente, para o crescimento das margens. No entanto, é importante acompanhar de perto os efeitos do El Niño nas lavouras e as consequências disso para o mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil.

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