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Manifestantes e PM entram em confronto na Alesp em sessão sobre privatização da Sabesp

Manifestantes e PM entram em confronto na Alesp em sessão sobre privatização da Sabesp

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Manifestantes e PM entram em confronto na Alesp em sessão sobre privatização da Sabesp

Na última quarta-feira (6), manifestantes contrários à privatização da Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) entraram em confronto com a Polícia Militar durante uma sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A ação aconteceu no momento em que os deputados votavam a desestatização da empresa.

Os manifestantes tentaram derrubar um vidro que separa a audiência dos parlamentares, o que levou a PM a intervir para evitar a situação. Houve momentos de confusão, com a ação dos policiais usando cassetetes e spray de pimenta. O presidente da Alesp, André do Prado (PL), foi obrigado a suspender a sessão e a galeria foi esvaziada.

Deputados, muitos deles idosos, saíram do plenário chorando devido aos efeitos da ação da PM, que também atingiu jornalistas presentes na galeria de imprensa. Vale ressaltar que havia uma deputada grávida no local, Paula da Bancada Feminista (PSOL).

Os manifestantes são membros de sindicatos como a Apeoesp e o Sintaema, que se opõem à privatização da Sabesp. A proposta em votação autoriza o governo a reduzir sua participação na empresa, atualmente em 50,3%, porém, não define qual será a parcela estatal após a privatização. O governo estima que ficará com uma participação entre 15% e 30%, mas essa definição só ocorrerá na próxima fase de estudos, em janeiro.

Ainda é impossível estimar o valor arrecadado pelo governo com a venda, pois dependerá do resultado desses estudos. Apesar da redução da participação estatal, a proposta prevê que o governo mantenha uma ação preferencial de natureza especial, conhecida como "golden share", com poder de veto em algumas decisões do conselho da companhia.

O governo paulista afirma que a privatização da Sabesp permitirá aumentar os investimentos da empresa em modernização, acelerar a universalização do acesso à água e ao saneamento básico, prevista para 2033, para o ano de 2029, além de reduzir a tarifa para o consumidor. Porém, a oposição argumenta que a privatização prejudicará a prestação de serviços em regiões que atualmente não são lucrativas, que a redução da tarifa dependerá de subsídio do governo e que a empresa estatal tem condições de acelerar a universalização do tratamento.

Esse confronto na Alesp reflete a tensão em torno da privatização da Sabesp e seus impactos na prestação de serviços e no mercado financeiro. Investidores e o mercado financeiro estão atentos aos desdobramentos desse processo, uma vez que a empresa é vista como um ativo importante no setor de saneamento básico.

Diante desse cenário, é importante que os investidores acompanhem de perto as decisões sobre a privatização da Sabesp, pois elas podem impactar o valor das ações da empresa, bem como o mercado como um todo. Além disso, é fundamental estarem atentos aos argumentos tanto a favor quanto contra a privatização, para uma visão completa do que está sendo discutido.

No momento, o futuro da Sabesp ainda está em aberto, com a definição da parcela estatal e a continuidade dos estudos sobre a privatização. É importante que os investidores brasileiros tenham acesso a informações claras e transparentes sobre todos os aspectos envolvidos nesse processo para tomarem decisões informadas em relação aos seus investimentos.

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