Leilão de terminais portuários na B3 arrecada R$ 2,6 milhões

O governo federal e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina arrecadaram cerca de R$ 2,6 milhões em outorgas no leilão realizado na última quarta-feira (13) de cinco terminais portuários, na sede da B3. Esse leilão foi considerado um sucesso pelas autoridades envolvidas, uma vez que todos os terminais foram negociados e arrematados.

Arrematadores e valores de outorga

O primeiro terminal leiloado foi o de granéis sólidos no Porto de Paranaguá, no Paraná, o PAR09. O terminal foi arrematado pela Quadra Capital, por meio do Q-Par09 Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, com uma oferta de R$ 615.751. Já o terminal RIG71, localizado no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi arrematado pela AC Vita Serviços de Armazenagem, que ofereceu R$ 1 milhão como valor de outorga.

No caso dos terminais POA02 e POA11, ambos localizados em Porto Alegre, apenas uma proposta foi feita para cada um deles. O terminal POA02 foi arrematado pela empresa Serra Morena, que ofereceu o valor de R$ 2 mil como outorga. Já o terminal POA11 ficou com a Unifértil, que ofereceu R$ 50 mil como valor de outorga.

O leilão mais disputado foi o do terminal MAC15, em Maceió, que teve duas proponentes: a Braskem, com uma oferta inicial de R$ 150 mil, e a Intermarítima, com uma oferta inicial de R$ 200 mil. No fim, a Intermarítima arrematou o terminal com uma oferta final de R$ 1 milhão.

Modalidade de arrendamento simplificado

Todos os terminais foram negociados na forma de arrendamento simplificado, o que significa que prescindem de audiência pública e podem ser dispensados da análise de mérito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Essa modalidade é aplicada em casos de terminais de pequeno porte e baixo risco, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Impactos para o mercado financeiro e investidores individuais

O leilão bem-sucedido dos terminais portuários impacta positivamente o mercado financeiro, demonstrando que há interesse do setor privado em investir nesse segmento. Os recursos arrecadados geram receitas para o governo federal e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, podendo ser utilizados para investimentos em infraestrutura portuária.

Para os investidores individuais, essa notícia pode ser interpretada como um sinal de aquecimento do setor portuário brasileiro e de oportunidades de investimento em empresas relacionadas a esse ramo. De acordo com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, nos próximos três anos estão previstos mais de 35 novos leilões, totalizando mais de R$ 15 bilhões em investimentos.

Além disso, o anúncio do programa Navegue Simples, que tem como objetivo desburocratizar o processo de concessões e leilões de novos terminais, traz a perspectiva de um ambiente mais favorável para o investimento privado em infraestrutura portuária no país. A redução do tempo de liberalização de novas outorgas e concessões pode atrair ainda mais investidores interessados nesse setor.