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Leilão da ANP arrecada R$ 421,7 mi com a concessão de 192 novas áreas

Leilão da ANP arrecada R$ 421,7 mi com a concessão de 192 novas áreas

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Leilão da ANP arrecada R$ 421,7 mi com a concessão de 192 novas áreas

Na última quinta-feira, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou um leilão de blocos exploratórios de petróleo em regime de concessão, arrecadando R$ 421,7 milhões em bônus para o governo federal. Este valor correspondeu a um ágio de 179,69% sobre os valores mínimos exigidos.

Dos 602 blocos ofertados, 192 foram arrematados por 15 diferentes empresas, no 4º Ciclo de Oferta Permanente de Concessão da ANP. Além dos bônus pagos na assinatura dos contratos, os critérios do leilão consideraram o Programa Exploratório Mínimo (PEM), que são as atividades que as empresas se comprometem a executar na primeira fase da exploração.

Mas o que chamou a atenção no leilão foi a participação inesperada do empresário mineiro Ernani Machado, dono da Elysian, que arrematou 122 blocos de exploração. Ele ofereceu R$ 51 mil para praticamente todos os blocos, resultando em um custo de R$ 12 milhões em bônus no final. Segundo Machado, ele apenas colocou R$ 1 mil a mais em cada lance, sem um supercálculo por trás.

A Elysian, que foi fundada em agosto deste ano, se inscreveu pouco antes do prazo final para o leilão e possui um capital social de apenas R$ 50 mil. Agora, a empresa terá que investir R$ 400 milhões em suas concessões nos próximos anos, sendo R$ 80 milhões no curto prazo.

Entre as empresas tradicionais do setor, a Petrobras e a britânica Shell foram as grandes vencedoras, arrematando juntas 29 blocos na Bacia de Pelotas, no litoral sul do país. Em três desses blocos, as duas companhias terão a chinesa CNOOC como sócia.

A Bacia de Pelotas voltou à cena este ano como uma nova fronteira de exploração, impulsionada por sondagens promissoras na Namíbia e pelo interesse no litoral uruguaio próximo ao Brasil. A Petrobras destacou o baixo risco de licenciamento ambiental na região e o potencial para geração de energia eólica offshore.

Outra área de interesse foi a Bacia de Santos, onde a CNOOC e outras empresas arremataram blocos para exploração. Já na região da Amazônia, sob intensa vigilância ambiental, a produtora de gás Eneva arrematou a área de acumulação marginal de Japiim.

No entanto, no leilão do 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), realizado no mesmo dia, quatro dos cinco blocos ofertados não receberam ofertas. Apenas o bloco Tupinambá, na Bacia de Santos, foi arrematado pela britânica BP Energy.

O leilão da ANP teve um resultado positivo, com arrecadação significativa para o governo federal e a concessão de novas áreas de exploração. A participação de empresas tradicionais e novos players no setor de petróleo mostra a diversificação do mercado e o potencial de exploração em diferentes regiões do país.

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