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Justiça suspende leilão de rodovias no Paraná

Justiça suspende leilão de rodovias no Paraná

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Justiça suspende leilão de rodovias no Paraná

A 11ª Vara Federal de Curitiba decidiu suspender o leilão de rodovias no Paraná, que havia sido vencido pelo Grupo Pátria no final de agosto.

A decisão foi tomada após um pedido de liminar feito pela Defensoria Pública da União, que argumentou que não houve consulta prévia às comunidades quilombolas que vivem às margens da estrada.

De acordo com a Defensoria, cerca de 600 famílias das comunidades Feixo, Restinga e Vila Esperança de Mariental, localizadas no município da Lapa (PR), não foram consultadas. Essas comunidades são certificadas pela Fundação Cultural Palmares como sendo tradicionais desde 2006.

O Grupo Pátria, que venceu o leilão, não quis comentar a suspensão. O lote leiloado abrange uma extensão total de 473 km, incluindo rodovias federais e estaduais.

O contrato de concessão previa a construção de cinco praças de pedágio e investimentos de R$ 7,9 bilhões, com 47% desse valor destinado à expansão e melhoria das rodovias.

A decisão da Justiça tem um impacto significantes no mercado financeiro e para os investidores individuais. O leilão suspenso afeta diretamente o Grupo Pátria, que havia vencido a concessão e planejava investir no desenvolvimento e operação das rodovias. Com isso, o Grupo Pátria terá que aguardar o desenrolar do processo jurídico para saber se poderá, de fato, assumir a concessão.

A suspensão também pode desencadear incertezas e expectativas nos investidores interessados nesse setor. Aqueles que estavam considerando investir em empresas ou fundos ligados à concessão de rodovias, precisam estar atentos às mudanças legais e acompanhar o desdobramento desse caso.

Além disso, a decisão destaca a importância da consulta prévia às comunidades quilombolas, em conformidade com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa questão social é relevante para os investidores, pois demonstra a necessidade de considerar o impacto das suas atividades sobre as comunidades locais e as obrigações legais existentes.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que vai avaliar a decisão da Justiça e se manifestar perante o tribunal. A expectativa é que o processo siga adiante e que seja possível buscar a participação efetiva das comunidades quilombolas afetadas no processo de concessão.

Importante destacar que essa suspensão não implica necessariamente em cancelamento do leilão. O resultado final será determinado pelo andamento do processo judicial.

No geral, a segurança jurídica e a atenção às questões sociais são fatores fundamentais para o desenvolvimento do setor de infraestrutura e de concessões de rodovias no Brasil. Os investidores e o mercado financeiro devem estar atentos a esses aspectos e acompanhar de perto os desdobramentos legais desse caso específico.

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