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Juros: Taxas ficam estáveis entre exterior negativo e avanço da pauta fiscal

Juros: Taxas ficam estáveis entre exterior negativo e avanço da pauta fiscal

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Juros: Taxas ficam estáveis entre exterior negativo e avanço da pauta fiscal

Os juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira (15) perto da estabilidade, após um período de queda moderada à tarde. Esse movimento ocorreu mesmo com o cenário cauteloso no exterior e a desvalorização do câmbio e das ações. O avanço da pauta econômica no Congresso contribuiu para esfriar a tentativa de realização de lucros, assim como ajustes típicos de final de ano.

Os investidores brasileiros mostraram-se mais cautelosos em relação aos demais ativos domésticos, que tiveram uma realização de lucros mais firme. Mesmo com o mercado de juros diminuindo os prêmios durante a semana, não houve um ajuste consistente. Os principais contratos de taxa não chegaram a subir mais de 10 pontos-base.

Os eventos no cenário internacional, como os discursos dos diretores do Federal Reserve, não tiveram o mesmo impacto na curva de juros brasileira. John Williams, presidente da distrital de Nova York, e Raphael Bostic, líder da regional de Atlanta, tentaram corrigir o excesso de otimismo em relação aos cortes de juros nos Estados Unidos.

Em relação à nota de crédito soberana do Brasil, a Fitch afirmou a manutenção da perspectiva estável, fazendo alguns questionarem se isso realmente teria o potencial de melhorar a situação do país. Ainda assim, a agência fez ponderações negativas, como a incerteza em relação ao cumprimento da meta de primário zero em 2024. A notícia da Fitch serviu como argumento para a montagem de posições vendidas nos ajustes de carteira no final do ano.

Por outro lado, o avanço da pauta fiscal no Congresso trouxe um contraponto ao cenário negativo internacional. A Câmara aprovou a Medida Provisória (MP) da subvenção do ICMS, que agora será analisada pelo plenário do Senado. Essa medida é a principal aposta da equipe econômica para garantir o déficit zero nas contas públicas de 2022, com uma potencial arrecadação de R$ 35 bilhões. A Câmara também aprovou a reforma tributária em primeiro turno, o que traz alívio ao mercado.

Apesar da estabilidade nas taxas de juros, o mercado continua atento aos eventos econômicos e políticos tanto internos quanto externos. Os investidores aguardam por mais clareza em relação aos cortes de juros no Brasil e aos movimentos do Federal Reserve nos Estados Unidos, assim como a aprovação das reformas e medidas fiscais que buscam equilibrar as contas públicas brasileiras.

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