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Javier Milei: por que 'acelerar' inflação na Argentina é parte do plano do novo líder do país

Javier Milei: por que 'acelerar' inflação na Argentina é parte do plano do novo líder do país

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Javier Milei: por que 'acelerar' inflação na Argentina é parte do plano do novo líder do país

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, estabeleceu como uma de suas principais metas reduzir a taxa de inflação atual, que superou 160% ao ano em novembro. No entanto, as primeiras medidas adotadas pelo governo logo após a posse provavelmente acelerarão o aumento dos preços nos próximos meses.

Segundo especialistas, a inflação em dezembro de 2023, antes prevista em cerca de 20%, deve agora superar os 30%. De acordo com estimativas do banco de investimentos JP Morgan, esse índice pode até dobrar no início de 2024. Os aumentos de preços já puderam ser sentidos em diversos setores, como combustíveis, supermercados e outros comércios.

O ministro da Economia, Luis Caputo, explicou que a raiz do problema econômico da Argentina é o déficit fiscal, que ocorre quando o país gasta mais do que arrecada. Ao longo dos anos, o governo argentino recorreu a empréstimos e à emissão monetária para solucionar as contas no vermelho, gerando inflação e crises de dívida.

Para eliminar a dependência do déficit fiscal, Caputo destacou a necessidade de reduzir os gastos públicos, o que exigirá um ajuste econômico. Esse ajuste, por sua vez, acelerará a inflação no curto prazo.

O plano de ajuste do governo incluiu a valorização do dólar oficial, o que automaticamente dobrou seu valor em relação ao peso argentino. Além disso, os subsídios à energia e ao transporte serão reduzidos, resultando em aumentos nas tarifas dos serviços públicos.

Segundo alguns especialistas, a previsão do governo é que os preços comecem a baixar após esse aumento inicial. No entanto, se os prognósticos estiverem corretos, e a Argentina começar a sofrer aumentos de preços de 60% ao mês, o país pode tecnicamente entrar em hiperinflação.

A aceleração da inflação nos próximos meses não indica necessariamente a hiperinflação. Esse fenômeno ocorre quando os agentes econômicos demonstram repúdio à moeda nacional e as autoridades perdem o controle sobre o câmbio. No entanto, é possível que a inflação se mantenha elevada por mais tempo que o esperado pelo governo.

O plano de Javier Milei representa uma tentativa de resolver os problemas econômicos crônicos da Argentina e evitar a hiperinflação. Embora o curto prazo seja desafiador para a população, o presidente está confiante de que essas medidas são necessárias para estabelecer as bases de um crescimento sólido e sustentável a longo prazo.

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