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Ibovespa sobe 0,95% e volta a renovar máximas, com treasuries e exportadores de commodities; dólar cai 1,10%

Ibovespa sobe 0,95% e volta a renovar máximas, com treasuries e exportadores de commodities; dólar cai 1,10%

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Ibovespa fecha em alta de 0,95% e atinge maior patamar desde julho

O Ibovespa fechou em alta de 0,95% nesta segunda-feira (20), atingindo seu maior patamar desde o fim de julho de 2021, chegando aos 125.957 pontos. Mesmo com o feriado da Consciência Negra em boa parte do Brasil, o índice brasileiro seguiu o movimento positivo observado no exterior.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também subiram, registrando altas de 0,58%, 0,74% e 1,13%, respectivamente. Os índices americanos passaram a subir por volta das 13h (horário de Brasília) e ganharam força no meio da tarde.

Impacto dos treasuries e dólar em queda

A principal razão para esse otimismo no mercado internacional foi um leilão de treasuries com vencimento em 20 anos nos Estados Unidos. Os títulos foram arrematados na taxa mínima oferecida, o que resultou em um movimento de queda nas curvas de juros. Os yields dos títulos de cinco, dez e 20 anos caíram, trazendo ânimo para investidores.

Com a aceitação dos títulos da dívida americana a taxas mais baixas, a curva de juros dos Estados Unidos recuou, provocando uma queda mundial no valor do dólar. O DXY, que mede a força da moeda americana em relação a outras moedas de países desenvolvidos, recuou 0,43%, atingindo 103,47 pontos. Em relação ao real, o dólar perdeu 1,10%, sendo cotado a R$ 4,851 na compra e R$ 4,852 na venda.

Reflexos no mercado brasileiro

No Brasil, a curva de juros também registrou redução. Os DI's para 2025 tiveram uma queda de 2,5 pontos-base, ficando em 10,48%. O mesmo ocorreu com os DI's para 2027, que atingiram 10,33%. Já as taxas dos contratos para 2029 e 2031 recuaram três e quatro pontos, ficando em 10,74% e 10,95%, respectivamente.

Além do impacto dos resultados dos treasuries, o fluxo de capital estrangeiro para o mercado brasileiro também teve um papel importante na valorização do Ibovespa. No mês, já foram registrados R$ 8,6 bilhões de entrada de recursos estrangeiros, o que contribui para movimentos mais fortes de compra na bolsa brasileira.

No final do dia, surgiu a notícia de uma possível mudança no comando da Petrobras, o que abalou um pouco o mercado. No entanto, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afastou os rumores por meio de uma rede social. As ações ordinárias da estatal fecharam em queda de 0,33%, enquanto as preferenciais ficaram estáveis, não acompanhando a alta do petróleo Brent, que subiu 1,77% e alcançou US$ 82,04.

Valorização das commodities impulsiona mercado

A alta do preço do petróleo pode ser explicada pelas expectativas de cortes na produção da OPEP+. Além disso, o preço da tonelada do minério de ferro na Ásia está acima dos US$ 130, o que indica uma boa recuperação. Essa situação é impulsionada pelos estímulos do governo chinês para o setor imobiliário.

As empresas do setor imobiliário brasileiro acompanharam a valorização da commodity. Além disso, o Bank of America elevou suas recomendações para três ações do setor: CSN (CSNA3), que teve alta de 9,49%, Vale (VALE3), com alta de 2,45%, e Usiminas (USIM5), que registrou alta de 2,11%.

Valorização do real e balança comercial

A perspectiva de maior demanda por produtos não manufaturados e a queda nos treasuries yields também contribuíram para a valorização do Ibovespa e do real. O fortalecimento dos preços das commodities impulsiona a balança comercial brasileira, favorecendo a economia do país.

Em resumo, o Ibovespa teve mais um dia de alta, atingindo seu maior patamar desde julho. A queda nos treasuries yields e a valorização das commodities, como petróleo e minério de ferro, impulsionaram o mercado e contribuíram para a valorização do real. O fluxo de capital estrangeiro também teve um papel importante na bolsa brasileira, gerando movimentos mais fortes de compra.

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