Ibovespa fecha a semana em alta, mas registra queda no acumulado

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (8) com uma valorização de 0,86%, alcançando os 127.093 pontos. Essa alta foi impulsionada pelo movimento positivo observado no mercado internacional. No entanto, na semana como um todo, o principal índice da Bolsa brasileira registrou uma queda de 0,85%.

Influência do mercado internacional nas altas da bolsa

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também tiveram ganhos nesta sexta-feira, registrando altas de 0,36%, 0,41% e 0,45%, respectivamente. Mesmo com o aumento dos treasuries yields para dez anos em 10,2 pontos-base, chegando a 4,231%, esses índices foram beneficiados por indicadores positivos, como a criação de empregos e a confiança do consumidor acima das expectativas.

Isso indica que os investidores estão avaliando os dados macroeconômicos de uma forma diferente. Anteriormente, números um pouco acima do esperado poderiam ser interpretados como uma pressão adicional para o Federal Reserve aumentar as taxas de juros. No entanto, atualmente, eles são vistos como um sinal de que a economia está bem e que as empresas terão bons lucros. Essa mudança de perspectiva justifica a valorização dos índices, mesmo com o avanço dos yields.

Fortalecimento do dólar e impactos no mercado brasileiro

Com o aumento dos rendimentos dos títulos públicos norte-americanos, o dólar ganhou força em todo o mundo. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a outras moedas de países desenvolvidos, subiu 0,43%, atingindo os 103,98 pontos. Em relação ao real, o dólar teve uma alta de 0,42%, sendo cotado a R$ 4,929 para compra e R$ 4,930 para venda. Ao longo da semana, a moeda norte-americana recuou 0,37%.

Influência do mercado de commodities na alta do Ibovespa

A economia mais forte nos Estados Unidos impulsionou o avanço das commodities, o que teve um reflexo positivo no desempenho do Ibovespa. As maiores altas da bolsa nesta sexta-feira foram impulsionadas pela recuperação do preço do petróleo. Isso resultou em ganhos para as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, que registraram alta acima de 3%, acompanhando o aumento de 2,42% no preço do Brent.

Pressão nos juros brasileiros devido ao aumento dos juros nos EUA

A alta dos juros nos Estados Unidos também teve impacto no mercado brasileiro, pressionando a curva dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). A taxa dos DIs para 2025 subiu 2,5 pontos-base, atingindo 10,34%, assim como a taxa para 2027, que alcançou 10,11%. Já os contratos para 2029 atingiram 10,53%, com um aumento de um ponto, enquanto os contratos para 2031 chegaram a 10,90%, com um avanço de três pontos.

Análise do mercado e perspectivas futuras

A alta dos juros nos DIs é interpretada como um movimento natural em um processo de ajuste da economia. É comum que o mercado precise pausar e refletir em alguns momentos, não seguindo uma trajetória linear de alta ou queda. Diante disso, papéis de empresas como MGLU3, BHIA3 e AZUL4 refletiram um repique de alta nas curvas futuras de juros.

Em resumo, o Ibovespa teve uma valorização nesta sexta-feira, impulsionado pelo cenário internacional. No entanto, o índice acumulou uma queda ao longo da semana. O fortalecimento do dólar teve impactos no mercado brasileiro, influenciando tanto a cotação da moeda como o desempenho das commodities. O aumento dos juros nos EUA também pressionou a curva dos DIs no Brasil. Diante desse cenário, os investidores devem continuar atentos aos dados macroeconômicos e às perspectivas futuras do mercado.