Hypera (HYPE3): ações chegam a cair 5% após balanço fraco, corte de guidance e recomendação rebaixada pelo BBI

A Hypera (HYPE3), empresa farmacêutica líder no mercado brasileiro, divulgou seus resultados do terceiro trimestre na última quinta-feira (26), apresentando um lucro de R$ 499,5 milhões, um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, apesar do aumento no lucro, alguns aspectos do balanço e as previsões para o restante do ano não animaram os investidores.

As ações da empresa registraram uma queda de 5% nesta sexta-feira (27), sendo cotadas a R$ 32,48 às 10h19 (horário de Brasília). Segundo o Itaú BBA, os resultados globais foram fracos, mas estavam dentro do esperado. No entanto, a qualidade dos resultados e as projeções para o restante do ano deterioraram um pouco, o que explicaria o desempenho negativo das ações.

De acordo com o Itaú BBA, a empresa foi afetada por uma temporada de gripe mais branda, o que resultou em um crescimento de apenas 4,2% nas vendas dos produtos farmacêuticos. Essa tendência levou a empresa a revisar para baixo suas expectativas de receita líquida, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) e lucro líquido em 5%.

O Bradesco BBI, por sua vez, considerou os resultados fracos o suficiente para reduzir sua recomendação para as ações da Hypera. O banco rebaixou a recomendação de compra para neutra, estabelecendo um novo preço-alvo de R$ 44,00 para 2024, anteriormente era de R$ 51,00. Além disso, as projeções de lucro líquido da Hypera também foram reduzidas em 10%, totalizando R$ 1,9 bilhão.

A XP Investimentos considerou os resultados neutros, com os números se aproximando das estimativas. No entanto, a empresa destacou que as projeções para 2023 indicam um leve deslize em relação aos planos anteriores. A Hypera afirmou que espera atingir 95% do guidance para o próximo ano, o que representa crescimento comparado ao ano anterior, mas com uma pequena retração em relação às projeções iniciais. A XP recomenda a compra das ações da Hypera, com um preço-alvo de R$ 49,40.

O Banco Itaú BBA também recomenda a compra das ações da empresa, com um preço-alvo de R$ 46,00. Já o Goldman Sachs mantém a recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 50,00.

Embora os resultados tenham sido considerados fracos, principalmente devido ao desempenho mais fraco do sellout do mercado devido à temporada de gripe mais branda, as recomendações de compra das ações da Hypera ainda prevalecem. Alguns bancos, como o Bradesco BBI, reduziram sua recomendação para neutro devido a projeções mais baixas, mas a XP Investimentos e o Goldman Sachs mantêm a confiança na empresa e veem um potencial de crescimento. É importante acompanhar a evolução da Hypera nos próximos trimestres para avaliar se ela conseguirá superar as expectativas e gerar resultados mais positivos.