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Governo escanteia técnicos e politiza apagão que atingiu 25 estados e DF

Governo escanteia técnicos e politiza apagão que atingiu 25 estados e DF

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Apagão no Brasil: Privatização da Eletrobras como foco das especulações

Na última terça-feira, o Brasil foi surpreendido por um apagão que afetou diversas regiões do país. Embora ainda não haja comprovações sobre a verdadeira causa do incidente, o governo e seus aliados aproveitaram para relacionar, direta ou indiretamente, o ocorrido com a privatização da maior empresa de energia do país, a Eletrobras.

O tema ganhou destaque nas declarações da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e também de influenciadores petistas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou essa narrativa em entrevista à imprensa, ao falar sobre o apagão. Para ele, é importante que uma empresa estratégica como a Eletrobras mantenha uma sinergia com o poder público, o que, em sua visão, seria dificultado pela privatização completa da empresa.

No entanto, é importante ressaltar que a Eletrobras costumava não participar das primeiras entrevistas sobre apagões, mesmo durante gestões petistas anteriores, quando a empresa ainda era estatal. Essa responsabilidade era delegada a técnicos responsáveis pela operação, regulação e planejamento do setor elétrico, como o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

No caso do apagão atual, esses técnicos estavam presentes durante a entrevista do ministro, mas apenas Silveira se pronunciou. Ele falou em nome do ONS ao especular sobre as possíveis causas do incidente, e também representou a Aneel ao prometer punições aos responsáveis pelo corte no fornecimento de energia. Além disso, sem apresentar provas, o ministro sugeriu indícios de sabotagem na rede elétrica, citando como exemplo os protestos contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

É preocupante observar que, diante da primeira grande crise do setor elétrico brasileiro no terceiro mandato de Lula, o governo optou por politizar o apagão em vez de permitir que os técnicos trabalhassem em busca de soluções. Com isso, fica evidente uma contradição, já que, quando estavam na oposição, as críticas justas foram feitas à politização da pandemia pelo governo anterior, que ignorou pareceres técnicos em favor de conselhos políticos para definir estratégias no enfrentamento da crise sanitária mais grave da história.

Este incidente traz incertezas para o mercado financeiro e para os investidores individuais, uma vez que afeta diretamente a confiança no setor de energia elétrica. Investidores devem estar atentos aos desdobramentos da investigação e às possíveis consequências para o mercado e para as empresas do setor.

É fundamental que as autoridades responsáveis conduzam uma apuração minuciosa e imparcial para identificar as verdadeiras causas do apagão e garantir que medidas sejam tomadas para evitar a repetição desses problemas no futuro. A eficiência e a transparência na gestão do setor elétrico são essenciais para garantir a segurança energética do país e estimular investimentos nessa área.

Enquanto aguardamos por esclarecimentos sobre o apagão, é importante manter-se informado e acompanhar as notícias relacionadas à privatização da Eletrobras e aos desdobramentos do incidente. Afinal, é o nosso dinheiro e a nossa tranquilidade que estão em jogo.

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