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Governo da Argentina esclarece que não necessariamente privatizará 41 empresas públicas

Governo da Argentina esclarece que não necessariamente privatizará 41 empresas públicas

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Governo da Argentina esclarece que não necessariamente privatizará 41 empresas públicas

O governo argentino, liderado por Javier Milei, enviou um projeto de lei macro ao Congresso na última quarta-feira (27), incluindo 41 empresas públicas no plano. No entanto, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, esclareceu em entrevista coletiva nesta quinta-feira que a inclusão das empresas no projeto não significa necessariamente que elas serão privatizadas.

De acordo com Adorni, algumas das empresas listadas no anexo do projeto precisam passar por um processo de reestruturação, mas a privatização não é garantida em todos os casos. Ele ressaltou que há empresas que precisam ser sanadas, mas que seria impossível privatizá-las.

Entre as corporações públicas incluídas no projeto de lei estão empresas de variados setores, tamanhos, receitas e setores de negócios. Algumas delas, como o Banco de la Nación Argentina e a companhia aérea Aerolíneas Argentinas, são de propriedade integral do Estado. No caso da Aerolíneas Argentinas, o presidente Milei e alguns líderes expressaram interesse em transferir a propriedade para os próprios funcionários.

No entanto, a situação da petrolífera YPF é diferente. A empresa é uma das principais do país e operação controversa, tendo sido adquirida pelo Estado durante o governo de Cristina Kirchner em 2013. Atualmente, o Estado argentino e as províncias produtoras de hidrocarbonetos detêm 51% das ações, enquanto os 49% restantes são listados na Bolsa de Valores de Buenos Aires.

Milei, em entrevista recente à televisão, afirmou que o valor de US$ 16 bilhões, pelo qual a Argentina foi condenada a pagar nos tribunais dos Estados Unidos devido à expropriação da YPF, será quitado por meio de um imposto anual denominado "imposto Kicillof", em referência a Axel Kicillof, ex-ministro da Economia e atual governador da província de Buenos Aires.

Diante das preocupações dos funcionários públicos das empresas que poderiam ser privatizadas, Adorni pediu que eles fiquem calmos, afirmando que se a atividade das empresas for considerada essencial, não há motivo para que os funcionários percam seus empregos.

É importante destacar que a posição do governo argentino em relação à privatização dessas empresas públicas terá impacto tanto no mercado financeiro do país como também para os investidores individuais no Brasil que possuem ativos vinculados à Argentina. Portanto, é necessário acompanhar de perto os desdobramentos desse cenário e analisar o impacto específico em cada empresa listada no projeto de lei.

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