Papão entra no quadrangular da Série C com otimismo

Na edição passada da Série C, o Paysandu fez uma excelente campanha na fase de classificação, mas acabou caindo no quadrangular e terminando como lanterna do grupo. Essa decepção trouxe um sentimento de tristeza para os torcedores.

Porém, neste ano, o time teve uma trajetória menos vistosa, mas entra na fase de grupos com uma dose de confiança. Isso se deve, em parte, à direção técnica de Hélio dos Anjos, que transformou o time desde que assumiu. O Paysandu saiu das últimas posições e garantiu a classificação antecipada. Hélio prometeu conquistar o acesso e tem cumprido essa promessa até agora.

Além da determinação em acumular pontos, o time passou a mostrar qualidades que não eram muito visíveis sob o comando do ex-treinador Marquinhos Santos. Jogadores que não rendiam muito se tornaram peças fundamentais, como o meia Robinho.

Com uma postura forte e intensa, o Paysandu se consolidou como um verdadeiro candidato ao acesso. Antes, o time era respeitado pela história e pelos investimentos, mas não tanto pelo desempenho em campo.

Expectativas para a partida contra o Volta Redonda

Hoje à tarde, o Paysandu enfrenta o Volta Redonda na Curuzu. Novamente, o time joga para uma torcida especial, formada por mulheres, crianças e adolescentes. A expectativa é alta, já que o time tem mostrado objetividade e capacidade de vencer jogos difíceis em casa.

Espera-se um espetáculo vibrante e uma conexão entre time e torcida. É um cenário perfeito para uma arrancada rumo ao tão sonhado acesso. A partida será transmitida pela RBATV, a partir das 22h.

Pesquisa revela desafios enfrentados por profissionais do futebol brasileiro

Na última quinta-feira, foi divulgado um estudo pioneiro sobre diversidade no futebol brasileiro. A pesquisa, realizada pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol em parceria com a CBF e a Nike, ouviu 508 profissionais do futebol sobre raça, religião, orientação sexual e origem.

Os resultados são alarmantes. Em um país onde a maioria da população é negra (56%), é assustador que 41% dos profissionais do futebol tenham sofrido racismo durante o exercício de suas atividades. Os ataques vêm principalmente das torcidas nos estádios (53,9%) e das redes sociais (31%).

A pesquisa também destacou os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIAP+ no futebol. Apenas 1% dos homens entrevistados se declararam homossexuais ou bissexuais, enquanto as estimativas nacionais e internacionais sugerem uma representação de 8,5% na população.

Além disso, a pesquisa aponta a urgência de esforços para qualificar e incentivar a abertura de espaço para mulheres em cargos de liderança e direção. Dos entrevistados, 28% são mulheres, sendo que 57% delas são atletas e apenas 8% atuam no futebol masculino.

Esses dados mostram a necessidade de campanhas educativas e de punições mais rigorosas para combater a discriminação racial, religiosa, de gênero e orientação sexual no futebol brasileiro.

Jovem atacante se destaca na base do Remo

Vinícius Kanu, de 20 anos, vem se destacando como a maior revelação de atacante centralizado na base do Remo nos últimos anos. Ele já teve a oportunidade de atuar no time principal no Campeonato Estadual deste ano e marcou três gols em cinco partidas.

Na Série C do Brasileiro, Kanu entrou em campo apenas três vezes, mas seu desempenho foi limitado pelo pouco tempo de jogo. Recentemente, na despedida do Remo contra o Altos, ele deu uma assistência primorosa para o gol decisivo da vitória.

Agora, de volta à base, Kanu tem sido fundamental na excelente campanha do Remo na Copa do Brasil Sub-20. Com três gols em dois jogos, ele vem mostrando maturidade técnica e se consolidando como um artilheiro em potencial para o futuro.

Resta aguardar se o comandante do time, que pode ser Ricardo Catalá novamente, terá a boa vontade de aproveitar o talento de Kanu e prepará-lo para a equipe principal em 2024. Tempo não falta para isso.