Fitch: BC fará mais um corte de 50 pb na Selic este ano e juros encerrarão 2024 em 9,0%

A agência de classificação de risco Fitch estima que o Banco Central anunciará, na semana que vem, mais um corte de 0,50 ponto percentual (50 pontos-base - pb) na taxa Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano. Segundo a Fitch, a expectativa é que a taxa básica de juros chegue a 9,0% até o final de 2024.

No entanto, a Fitch ressalta que o Banco Central pode adotar uma postura mais cautelosa caso a crescente incerteza no cenário fiscal ou os acontecimentos globais pressionem as expectativas de inflação. É importante estar atento a essas variáveis que podem influenciar as decisões de política monetária.

A Fitch também analisa a inflação brasileira, destacando que, embora tenha havido uma aceleração de 3,2% em junho para 4,7% em outubro no acumulado de 12 meses, esse aumento é reflexo principalmente da base de comparação baixa do ano passado, quando ocorreram cortes nos impostos sobre combustíveis.

De acordo com a agência, as leituras sequenciais recentes indicam pouca inércia na inflação e o núcleo da inflação, que exclui os efeitos de preços nos combustíveis, continuou a cair, chegando a 4,3% ao ano. A inflação de serviços, por sua vez, mostra-se um pouco mais resistente.

A Fitch revisou suas estimativas para a inflação, passando a esperar uma taxa de 4,5% para este ano, em comparação com a previsão anterior de 4,9%. Já para 2024, a expectativa se mantém em 4,0%.

Essas projeções da Fitch têm impacto direto no mercado financeiro e nos investidores individuais no Brasil. Caso o Banco Central efetivamente reduza a taxa Selic, isso tende a influenciar a rentabilidade de aplicações financeiras, como os investimentos em renda fixa, que são indexados à Selic. Com juros mais baixos, os investidores podem buscar alternativas de investimento que ofereçam maior retorno.

Além disso, as projeções de inflação também são relevantes para a tomada de decisões de investimento. Com uma inflação controlada, as expectativas para os preços se mantêm estáveis, o que pode beneficiar os investimentos em ativos financeiros.

No entanto, é necessário acompanhar de perto os acontecimentos globais e o cenário fiscal do país, pois esses fatores podem afetar as decisões do Banco Central e, consequentemente, as perspectivas de juros e inflação no Brasil.

Portanto, para os investidores brasileiros interessados em finanças e investimentos, é fundamental ficar atento às projeções da Fitch e às decisões do Banco Central, de forma a adaptar suas estratégias e aproveitar as oportunidades que surgirem no mercado.