Financiadores, impostos, fontes obscuras e atividades ilícitas: entenda de onde vem o dinheiro do Hamas, grupo terrorista milionário
04/12/2023Origem das diferentes fontes de receitas do Hamas
Pesquisadores e forças de segurança de diferentes países têm rastreado a origem das diferentes fontes de receitas do grupo terrorista Hamas. Um mapa das finanças do terrorismo revelou que parte dessas receitas provém do crime organizado na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Uma das pesquisadoras, Sandra Coelho, mestre em Estratégia, explica que o primeiro financiador são os países doadores, enquanto a pesquisadora canadense, Jéssica Davis, cita um outro país doador: Israel. No caso de Israel, o dinheiro chega com conhecimento da ONU. Durante muito tempo, milhões de dólares chegavam a Gaza em malas lotadas de dinheiro.
Além dos doadores, o Hamas arrecada uma enorme receita própria, pois governa Gaza e cobra impostos e taxas, assim como qualquer governo. No entanto, essa arrecadação própria também pode ser um problema para o grupo, segundo destaca a pesquisadora.
Fontes obscuras de receita do Hamas
O Hamas possui um amplo portfólio de investimentos em diversos países, incluindo muitos imóveis. Esses investimentos geram grandes lucros para o grupo, que consegue escapar de sanções internacionais ao controlar secretamente esses negócios. Além disso, o Hamas também pode contar com o apoio de empresas que não pertencem ao grupo, mas que apoiam suas atividades.
Criptomoedas e crime na tríplice fronteira
Existem duas fontes menores, mas importantes, de receita para o Hamas. A primeira é o investimento em criptomoedas, que possibilita transações financeiras obscuras e difíceis de serem rastreadas. A segunda fonte é o dinheiro proveniente de atividades criminosas na tríplice fronteira entre Argentina, Paraguai e Brasil. Essa região tem sido frequentemente citada em relatórios do governo americano como um polo de financiamento do terrorismo internacional.
Luciano Stremel Barros, presidente do Instituto de Desenvolvimento de Fronteiras (IDESF), destaca que a maioria das pessoas nessa região são trabalhadoras e contribuem para a sociedade. No entanto, também há movimentos criminosos que contribuem para o financiamento das bases terroristas.
A receita anual do Hamas é estimada em R$ 5 bilhões, o que evidencia a dimensão econômica do grupo terrorista.
Impactos no mercado financeiro e para investidores individuais no Brasil
Essas descobertas sobre as diferentes fontes de receitas do Hamas têm impacto direto no mercado financeiro e para os investidores individuais no Brasil. A atuação do crime organizado na tríplice fronteira é uma preocupação internacional, o que gera uma pressão para fortalecer as medidas de combate aos financiamentos ilícitos.
Além disso, a possibilidade de investimentos em criptomoedas ser utilizada para fins obscuros reforça a necessidade de uma maior regulamentação e fiscalização desse mercado no Brasil. Isso pode afetar os investidores individuais que buscam diversificar suas carteiras e, eventualmente, se expor a riscos associados a atividades ilícitas.
É importante que as autoridades financeiras e de segurança do Brasil estejam atentas a essas questões e tomem medidas adequadas para proteger o mercado financeiro e os investidores do país. A transparência e a cooperação internacional são fundamentais para combater o financiamento do terrorismo e as atividades ilícitas relacionadas a ele.
Portanto, entender a origem do dinheiro do Hamas é fundamental para compreender as dinâmicas do terrorismo internacional e seus reflexos no cenário financeiro global.