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FIIs de “tijolo” têm retorno 4 vezes maior do que fundos de “papel” em 2023

FIIs de “tijolo” têm retorno 4 vezes maior do que fundos de “papel” em 2023

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O mercado de fundos imobiliários e sua valorização em 2023

O mercado de fundos imobiliários no Brasil tem apresentado um desempenho positivo ao longo deste ano de 2023. Os FIIs de "tijolo", que investem diretamente em imóveis, têm se destacado e acumulam uma valorização de mais de 10%. Especificamente, os fundos que focam em espaços como escritórios, shoppings e galpões logísticos apresentaram uma valorização ainda mais expressiva, atingindo 16,1% de acordo com o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Tijolo (ITIT).

Essa valorização é quase quatro vezes maior do que a apresentada pelos FIIs de "papel", que investem em títulos de renda fixa atrelados a indicadores de inflação e à taxa do CDI. O Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel (ITIP) registrou uma valorização de 4,5% até o momento.

Redução dos juros e valorização dos imóveis impulsionam os FIIs de "tijolo"

Esse desempenho positivo dos FIIs de "tijolo" está em linha com as expectativas do mercado, que enxergam na redução da taxa Selic e na valorização dos imóveis fatores impulsionadores para esses fundos.

A redução da taxa Selic, que passou de 13,75% para 12,25% ao ano, tem impacto direto na rentabilidade das aplicações de renda fixa que utilizam essa taxa como referência. Com isso, os investidores têm buscado alternativas de investimento, como os imóveis, o que tem valorizado ainda mais esse mercado.

Um relatório da XP, assinado por Maria Fernanda Violatti, chefe de análise de fundos listados da casa, destaca que a redução da taxa Selic pode influenciar significativamente as avaliações patrimoniais dos imóveis, resultando em efeitos positivos sobre o valor dos espaços e, consequentemente, na valorização dos fundos imobiliários.

Diferença de desempenho entre os setores de fundos de "tijolo"

Dentro dessa classe de fundos imobiliários de "tijolo", os setores de shopping e logística têm impulsionado o desempenho. Em contrapartida, os fundos de escritório têm apresentado um desempenho um pouco mais fraco. Em 2021, o ITIT registrou perdas de 6,7% nesse setor, enquanto no ano anterior houve uma alta de 3%.

Impacto nos fundos de "papel" diante das mudanças nos CRIs

Os fundos de "papel", que investem em títulos de renda fixa como os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), também têm apresentado um desempenho positivo, mas em menor escala quando comparados aos fundos de "tijolo". Em 2022, esses fundos acumularam ganhos de 2,3% e subiram 10,1% no ano anterior.

No entanto, é importante destacar que as variações nos índices que corrigem os CRIs podem afetar o resultado dos fundos de "papel". Quando o índice utilizado para corrigir os CRIs cai, a receita desses fundos também tende a diminuir, o que pode impactar negativamente os rendimentos distribuídos.

A atenção dos investidores diante das mudanças no mercado

Os mais de 140 mil investidores do fundo RBR Rendimento High Grade (RBRR11) já sentiram o impacto do arrefecimento da inflação. Os dividendos distribuídos pela carteira caíram cerca de 35% entre junho e novembro deste ano.

Diante desse cenário, é importante que os investidores acompanhem de perto as mudanças no mercado de fundos imobiliários, especialmente no que diz respeito à valorização dos imóveis, à redução da taxa Selic e às variações nos índices que corrigem os CRIs. Dessa forma, poderão tomar decisões mais informadas e estratégicas na hora de investir nesse segmento.

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