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Evergrande: ação cai até 87% na retomada da negociação após 17 meses, com prejuízo bilionário e impasse em reestruturação

Evergrande: ação cai até 87% na retomada da negociação após 17 meses, com prejuízo bilionário e impasse em reestruturação

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Construtora chinesa Evergrande adia votações de plano de recuperação de dívidas, aumentando a incerteza no mercado financeiro

A construtora chinesa Evergrande, que enfrenta dificuldades financeiras e está no centro de uma crise imobiliária que afeta os mercados financeiros na China, atrasou as principais votações do seu plano de recuperação de dívidas offshore. O adiamento ocorreu apenas algumas horas antes do início da votação, causando ainda mais incerteza em um processo já complexo para finalizar uma das maiores reestruturações já realizadas no país.

Segundo um documento divulgado pela empresa, a Evergrande adiou as reuniões do grupo e de algumas unidades para os dias 25 e 26 de setembro. A justificativa dada foi a necessidade de permitir que os credores avaliem os acontecimentos recentes, incluindo a retomada da negociação das ações da empresa e os termos das propostas.

Esse adiamento ocorre em um momento delicado, pois as ações da Evergrande caíram até 87% nas negociações de Hong Kong após uma paralisação de 17 meses, tornando-se uma ação de baixo valor. A falta de votos suficientes provavelmente é o motivo do atraso, segundo analistas. A retomada da negociação das ações ajuda os credores a avaliar o valor da empresa, porém, a queda acentuada no preço das ações tem gerado preocupações.

A paciência dos investidores está se esgotando, uma vez que a Evergrande ultrapassou as metas anteriores ao revelar o seu plano de reestruturação. Gestores de recursos globais estão em busca de clareza sobre o quanto poderão recuperar, cerca de 20 meses após o primeiro calote de títulos públicos da empresa.

Esse adiamento repentino é o segundo do tipo envolvendo uma grande incorporadora chinesa em dificuldades financeiras nos últimos dias. A Country Garden Holdings Co. também adiou a votação do seu pedido de prorrogação do pagamento de um título na sexta-feira passada.

Desde março, quando a Evergrande revelou o seu plano de reestruturação, a empresa não deu atualizações sobre o nível de apoio obtido dos credores. A falta de transparência tem gerado preocupações entre os investidores.

Os credores se reuniram para votar o plano de reestruturação da dívida nesta segunda-feira, mas a empresa não forneceu informações adicionais sobre a quantidade de apoio recebido até o momento.

A Evergrande já havia remarcado as reuniões com os credores anteriormente. Os atrasos foram justificados como sendo para dar aos credores tempo para considerar as implicações de uma venda de ações realizada pela unidade de veículos elétricos da empresa.

Ainda não está claro o caminho que a Evergrande seguirá para superar suas dificuldades financeiras. Segundo informações recentes, a empresa buscou proteção contra falência do Capítulo 15 em Nova York. Essa medida, se concedida, a protegeria dos credores nos EUA enquanto busca um acordo de reestruturação em outro lugar.

A situação da Evergrande tem gerado preocupações no mercado financeiro e afetado os investidores, principalmente aqueles que possuem dívidas ou investimentos na empresa. É importante acompanhar de perto os desdobramentos dessa situação, pois eles podem ter impactos significativos nos mercados financeiros brasileiros.

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