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EUA vão cooperar com Plano de Transformação Ecológica de Haddad, diz Kerry na COP28

EUA vão cooperar com Plano de Transformação Ecológica de Haddad, diz Kerry na COP28

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EUA vão cooperar com Plano de Transformação Ecológica de Haddad, diz Kerry na COP28

O enviado especial do clima dos Estados Unidos, John Kerry, anunciou em nota conjunta com o ministro brasileiro da Fazenda, a intenção de cooperar bilateralmente para a implementação do Plano de Transformação Ecológica que está em construção em Brasília. O objetivo dessa cooperação é expandir instrumentos financeiros para a implementação do plano e formar uma coalizão de atores interessados no setor tecnológico.

De acordo com a nota, essa cooperação vem em um momento importante, pois o governo brasileiro planeja lançar forças-tarefa para mobilizar governos, filantropia, setor privado e atores multilaterais na implementação do plano. Essas forças-tarefa devem se reunir em fevereiro, antes do encontro dos ministros das finanças do G20, que já estará sob a presidência brasileira.

O governo brasileiro ainda não apresentou um documento oficial ou discutiu propostas concretas do Plano de Transformação Ecológica, mas organizou um evento para celebrar a iniciativa. O ministro Fernando Haddad mencionou alguns projetos do governo federal que já fazem parte do plano, como a criação de um Fundo de Transição Energética, a Lei de Economia Verde, a regulação para o mercado de carbono e a revisão do Fundo Clima.

No entanto, o cerne do plano deve ser um pacote de investimentos em tecnologias verdes, especialmente no setor energético. O ministro Haddad afirmou que o plano precisará mobilizar investimentos entre US$ 130 bilhões e US$ 160 bilhões anuais nos próximos dez anos, em setores como energia, adaptação climática e mobilidade.

Apesar da falta de definição sobre o teto de exploração de combustíveis fósseis no plano, o governo brasileiro afirma estar caminhando na mesma direção que outros países. A ex-ministra Marina Silva entregou um documento que propõe discutir o teto para combustíveis fósseis, ressaltando a importância de avançar na descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente desses combustíveis.

No entanto, o alto escalão do Ministério de Minas e Energia interpreta as cobranças de Lula às responsabilidades dos países ricos como um sinal de que o Brasil não deve se adiantar na eliminação dos combustíveis fósseis. Essa divergência de opiniões ressalta a necessidade de uma discussão aprofundada sobre o tema.

Durante o evento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco está alinhando seus critérios de concessão de créditos à meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C. No entanto, não há uma data definida para a implementação desses critérios. Para ele, o alinhamento a 1,5°C não impede investimentos em novas explorações de petróleo, pois as emissões seriam compensadas.

A presença de Dilma Rousseff, que comanda o banco dos Brics, e de Ilan Goldfajn, presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), no evento, mostra a importância dada ao Plano de Transformação Ecológica e a cooperação entre os países para alcançar metas climáticas ambiciosas.

Em resumo, a cooperação entre os Estados Unidos e o Brasil para implementar o Plano de Transformação Ecológica de Haddad traz a possibilidade de expandir os instrumentos financeiros e formar uma coalizão de atores interessados no setor tecnológico. O plano demandará investimentos significativos em tecnologias verdes nos próximos anos. A discussão sobre o teto de exploração de combustíveis fósseis ainda está em aberto, com diferentes perspectivas dentro do governo brasileiro. A adoção de critérios de concessão de crédito alinhados com a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C também é destacada. A presença de autoridades internacionais no evento ressalta a importância desse plano para o Brasil e a cooperação global na luta contra as mudanças climáticas.

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