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EUA realizarão operações aéreas na Guiana conforme aumentam preocupações com disputa na fronteira

EUA realizarão operações aéreas na Guiana conforme aumentam preocupações com disputa na fronteira

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EUA realizarão operações aéreas na Guiana conforme aumentam preocupações com disputa na fronteira

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (7) que realizarão operações aéreas na Guiana, em resposta ao crescente aumento das tensões na fronteira entre a Guiana e a Venezuela. Essa disputa tem como pano de fundo a região de Essequibo, que possui vastas reservas de petróleo e está sendo julgada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ).

No último fim de semana, os eleitores venezuelanos rejeitaram a jurisdição da CIJ e apoiaram a criação de um novo Estado venezuelano. Esse fato intensificou ainda mais a disputa, levando a Guiana a questionar a legitimidade da votação e a colocar suas Forças Armadas em alerta máximo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também tem feito comentários sobre a autorização da exploração de petróleo na área, o que tem gerado tensões adicionais com o presidente guianense, Irfaan Ali. A Guiana, por sua vez, procurou tranquilizar os investidores, incluindo a empresa Exxon, que possui grandes projetos na costa guianense.

A preocupação com essas recentes medidas da Venezuela tem sido expressa tanto pelo Reino Unido quanto pelo Brasil. O Ministério das Relações Exteriores britânico, por meio das mídias sociais, destacou que as ações venezuelanas são injustificadas e devem ser interrompidas. O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também manifestou sua preocupação crescente com a situação e sugeriu que órgãos multilaterais poderiam contribuir para uma solução pacífica, propondo inclusive que o Brasil pudesse sediar conversações.

A inteligência do Exército brasileiro detectou um aumento da presença das Forças Armadas venezuelanas próxima à fronteira com a Guiana. Diante disso, o Comando Sul dos Estados Unidos, que provê cooperação de segurança na América Latina, realizará operações aéreas com os militares guianenses na quinta-feira, visando aprimorar a parceria de segurança entre os dois países e fortalecer a cooperação regional.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou o apoio inabalável dos Estados Unidos à soberania da Guiana durante uma conversa com o presidente Irfaan Ali na noite de quarta-feira.

Analistas e fontes em Caracas indicam que o referendo realizado pela Venezuela foi uma tentativa de Maduro de demonstrar força e medir o apoio ao seu governo antes das eleições de 2024, ao invés de representar uma real probabilidade de ação militar.

O governo venezuelano também efetuou a prisão de Roberto Abdul, membro da oposição, por suposta traição relacionada ao referendo, e emitiu mandados de prisão para três membros da equipe da campanha presidencial da opositora Maria Corina Machado. Um advogado do partido de Machado afirmou que a equipe sempre agiu de maneira correta.

Diante disso, o Departamento de Estado dos EUA informou estar ciente das ordens de prisão e monitorando de perto a situação.

Esses acontecimentos têm gerado preocupações no mercado financeiro, principalmente por conta do potencial impacto nas ações das empresas petrolíferas que investem na Guiana, como a Exxon. A instabilidade política e a incerteza geradas pela disputa na fronteira podem afetar os investimentos e repelir novos investidores interessados na exploração do petróleo da região.

Portanto, é fundamental que os investidores estejam atentos à evolução dessa situação e considerem seus riscos antes de tomar qualquer decisão relacionada aos investimentos na Guiana.

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