Estreia em carro elétrico termina em passeio de guincho em férias nos EUA

Como curioso e ávido por aventuras, decidi arriscar ao pegar um carro elétrico para uma viagem de 12 dias pelo sudoeste dos Estados Unidos. Empolgado com a ideia de experimentar um veículo mais sustentável, aceitei a oferta de uma locadora para testar o Hyundai Ioniq 5. Porém, o que era para ser uma experiência empolgante, acabou se transformando em uma jornada estressante e cheia de imprevistos.

Antes de partir, consultei um especialista em automóveis que me garantiu que seria fácil recarregar o veículo, pois havia estações de recarga em todo lugar e a autonomia era de 400 quilômetros. Animado com essas informações, iniciei a viagem rumo ao primeiro destino: Phoenix, a 630 quilômetros de distância.

Logo percebi que encontrar as estações de recarga não era tão simples quanto imaginava. A primeira parada custou menos de US$ 5, mas levou preciosos 70 minutos. Descobri as estações ultrarrápidas, que em apenas 20 minutos carregavam 80% da bateria, porém, o valor do kWh era alto, chegando a US$ 0,50.

Com a ajuda de aplicativos e do computador do carro, consegui localizar as estações de recarga e calcular se a carga era suficiente para o destino informado. Aos poucos, fui ganhando confiança na tecnologia e aproveitando as respostas rápidas de aceleração que o veículo elétrico proporcionava.

No entanto, na terceira noite de viagem, em meio a um deserto, fui surpreendido por alertas de emergência que indicavam a falta de carga suficiente para chegar ao destino e a ausência de estações de recarga no caminho. Mesmo em um local remoto, decidi continuar dirigindo até onde fosse possível.

Quando a bateria do veículo estava em apenas 2%, a 50 quilômetros do destino, parei em um posto de gasolina para pedir socorro. O guincho me rebocou até um Walmart, local onde consegui realizar a última recarga do veículo elétrico. No dia seguinte, optei por trocar o Hyundai por um carro a gasolina da marca Kia.

Apesar da experiência frustrante, isso não significa que deixarei de considerar os carros elétricos. Enquanto a infraestrutura de recarga melhora, buscarei alternativas menos estressantes para reduzir minha pegada de carbono. Ainda há muito a ser feito para tornar viagens longas de carro elétrico uma realidade tranquila e segura.