Estados repassaram R$ 21,9 bi em aporte de capital e subvenções a estatais em 2022, diz Tesouro

Um relatório divulgado pelo Tesouro Nacional revelou que os estados brasileiros repassaram um total de R$ 21,9 bilhões em forma de aporte de capital e subvenções para estatais ao longo de 2022. O documento, intitulado "Raio X das empresas dos Estados brasileiros", traz informações de 292 empresas controladas pelos governos regionais.

De acordo com o relatório, os governos regionais também assumiram um montante de R$ 4,3 bilhões em passivos dessas empresas. Os estados transferiram R$ 9,9 bilhões como reforço de capital e R$ 12 bilhões como subvenções. No entanto, o valor recebido em dividendos das empresas estatais estaduais foi de apenas R$ 6,6 bilhões, resultando em repasses líquidos de R$ 15,3 bilhões.

O relatório ainda destaca que os estados que receberam mais recursos das estatais do que transferiram foram Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Essa informação é relevante para entender a dinâmica do cenário financeiro e de investimentos dessas regiões.

Recentemente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), liderou um movimento em busca de alternativas ao plano de recuperação de Minas Gerais, governado por Romeu Zema (Novo). Pacheco defendeu a federalização da Cemig e da Copasa como uma forma mais ágil de reduzir a dívida do Estado com a União.

Parlamentares mineiros também se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em busca de uma solução para a dívida do Estado. No entanto, a ideia de federalização das estatais ainda divide o grupo.

Essas movimentações políticas e financeiras têm impacto direto no mercado financeiro e nos investidores individuais. A federalização das estatais pode gerar diferentes cenários, tanto positivos quanto negativos, para a economia dos estados envolvidos. Por isso, é fundamental que os investidores acompanhem de perto a evolução dessas discussões e analisem seus possíveis impactos em suas estratégias de investimento.

É importante ressaltar que essas informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional, órgão responsável por monitorar e controlar as contas públicas. Portanto, trata-se de dados oficiais que devem ser considerados na análise do panorama financeiro do Brasil, especialmente para aqueles interessados no mercado de investimentos.