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Entenda propostas de mudanças na tributação para super-ricos

Entenda propostas de mudanças na tributação para super-ricos

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O governo brasileiro está buscando alternativas para aumentar sua arrecadação e cumprir suas metas fiscais. Uma medida em pauta é a taxação dos investimentos da parcela mais rica da população, o que pode arrecadar até R$ 54 bilhões até 2026. No entanto, essa medida depende de votação no Congresso Nacional.

A ideia inicial do governo era tributar os fundos exclusivos e o capital aplicado em offshores, empresas no exterior. No entanto, enfrentando resistência parlamentar em relação à tributação das offshores, o governo mudou de estratégia. Agora, a proposta é transferir esse tema para um projeto de lei e focar na tributação dos fundos exclusivos.

Os fundos exclusivos são instrumentos personalizados de investimentos, com um único cotista, que exigem um investimento inicial mínimo de R$ 10 milhões e uma taxa de manutenção anual de R$ 150 mil. Atualmente, apenas 2,5 mil brasileiros investem nesses fundos, que possuem um patrimônio total de R$ 756,8 bilhões e representam 12,3% da indústria de fundos no país.

Atualmente, os fundos exclusivos já pagam Imposto de Renda (IR), mas apenas no momento do resgate e com uma tabela regressiva, ou seja, quanto mais tempo de aplicação, menor o imposto. O governo pretende igualar os fundos exclusivos aos demais fundos de investimento, com uma cobrança semestral de IR conhecida como "come-cotas". Além disso, quem antecipar o pagamento do imposto pagará alíquotas mais baixas.

Em relação à taxação das offshores, que agora será tratada em um projeto de lei, o governo quer instituir a tributação dos trusts, que são instrumentos pelos quais os investidores transferem seus bens para terceiros administrarem. Atualmente, os recursos investidos no exterior são tributados apenas se o capital retornar ao Brasil. Estima-se que pessoas físicas tenham mais de R$ 1 trilhão aplicado no exterior.

Se aprovadas, essas medidas podem impactar tanto o mercado financeiro quanto os investidores individuais no Brasil. A taxação dos fundos exclusivos pode levar a uma possível migração dos investidores para outros tipos de investimentos, que possuem uma tributação mais favorável. Já a tributação dos trusts pode afetar diretamente os investidores que possuem recursos investidos no exterior, aumentando a carga tributária sobre esses rendimentos.

No entanto, é importante ressaltar que essa é uma proposta em andamento e ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Portanto, é necessário acompanhar de perto as discussões e eventuais alterações nesse cenário. Fique atento às novidades e consulte um especialista financeiro para melhor compreensão dos possíveis impactos dessas medidas em seus investimentos.

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