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Empresas da China se recusam a usar as novas GPUs da NVIDIA para IAs

Empresas da China se recusam a usar as novas GPUs da NVIDIA para IAs

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Empresas da China se recusam a usar as novas GPUs da NVIDIA para IAs

Uma reportagem recente do The Wall Street Journal revelou que diversas empresas da China estão se recusando a adquirir as novas GPUs (unidades de processamento gráfico) da NVIDIA para utilização em inteligência artificial. Isso ocorre devido às restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos, que afetam a fabricante de chips.

A Tencent e a Alibaba, duas das maiores empresas chinesas, já anunciaram que não seguirão com novas aquisições das GPUs da NVIDIA. Além disso, é esperado uma queda significativa no volume de pedidos até o ano de 2024.

Uma das razões para essa recusa é o fato de a NVIDIA estar oferecendo uma versão "cortada" de suas GPUs para o mercado chinês, em conformidade com as sanções americanas. Essas versões possuem desempenho reduzido se comparadas com as placas anteriores, o que não atrai as gigantes da indústria tech da China.

Outro fator é que a Huawei, por exemplo, está começando a desenvolver e oferecer seus próprios chips de inteligência artificial. A empresa já recebeu pedidos para a GPU Ascend 910B AI e outros produtos, o que pode atrair ainda mais clientes se demonstrar vantagens dentro de suas operações.

Essa situação também afetará outras fabricantes de chips, como a Intel e AMD, que enfrentarão as mesmas sanções e terão que fornecer versões "cortadas" de suas GPUs para a China, caso queiram continuar vendendo lá.

Essa recusa das empresas chinesas em adquirir as GPUs da NVIDIA é uma grande preocupação para a fabricante e também para as outras empresas envolvidas, uma vez que grande parte de seus lucros vem da China.

Opções viáveis na China

As grandes corporações chinesas estão se preparando para o pior cenário possível, em que as restrições se tornem ainda mais rigorosas. Nesse caso, elas terão que recorrer ao mercado interno para continuar competindo na indústria de inteligência artificial.

Uma alternativa viável é apostar na Huawei e em outras empresas chinesas que estão desenvolvendo seus próprios chips de inteligência artificial. Com a GPU Ascend 910B AI da Huawei e com investimentos em empresas como a HLMC, que produzem chips com tecnologia abaixo dos 10 nm, a China caminha para uma maior independência em relação às principais fabricantes de chips dos EUA e também da TSMC em Taiwan.

É prevista a construção de 18 novas fábricas de semicondutores na China até 2024, o que impulsionará ainda mais a posição do país na disputa tecnológica.

Portanto, é possível afirmar que a recusa das empresas chinesas em adquirir as novas GPUs da NVIDIA para inteligência artificial terá impactos significativos para a fabricante e também para outras empresas do setor. O mercado chinês é um dos principais impulsionadores de lucro nessas indústrias, e as sanções impostas pelos Estados Unidos estão abrindo espaço para a China fortalecer sua posição no mercado de chips de inteligência artificial.

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