Empresa de coworking WeWork entra com pedido de proteção contra falência nos EUA
07/11/2023Empresa de coworking WeWork entra com pedido de proteção contra falência nos EUA
A WeWork, empresa de coworking, entrou com um pedido de proteção contra falência nos Estados Unidos. Esse processo se assemelha à recuperação judicial no Brasil e é uma medida tomada quando uma empresa se encontra em dificuldades financeiras significativas. A pandemia da Covid-19 afetou negativamente o balanço financeiro da WeWork nos últimos meses, pois muitos escritórios decidiram rescindir seus contratos de aluguel devido ao trabalho remoto.
O impacto financeiro da pandemia, juntamente com a redução de gastos por parte de startups e pequenas empresas, resultou em problemas para a WeWork. Além disso, a empresa enfrentou a concorrência de grandes imobiliárias, que também começaram a oferecer serviços de curto prazo, aumentando a competição no setor.
Esses problemas financeiros refletiram na cotação das ações da empresa, que sofreram uma queda de 98,5% entre janeiro e novembro. O valor das ações que antes custava US$ 56 (R$ 273,36), está agora em US$ 0,80 (R$ 3,91). Cerca de 92% dos credores da WeWork concordaram em converter sua dívida em capital sob um acordo de apoio à reestruturação.
A empresa divulgou que reduzirá seu portfólio de escritórios comerciais e se concentrará na continuidade dos negócios e na prestação de serviços. A WeWork espera que suas operações globais continuem normalmente durante o processo de proteção contra falência. A empresa garante ainda que seus espaços WeWork permanecerão abertos e operacionais, sem alterações na forma como a empresa opera para seus membros.
Dessa forma, é importante destacar que, apesar das dificuldades enfrentadas pela WeWork, a empresa continua funcionando normalmente e mantendo seus serviços para seus membros.
É importante ressaltar que, até o momento, não foi divulgado como esse processo de proteção contra falência pode impactar os negócios da WeWork no Brasil e qual foi a dívida registrada no pedido de falência.
A trajetória da WeWork foi marcada por seu crescimento sob o comando de seu fundador, Adam Neumann. A empresa se tornou uma das startups mais valiosas dos EUA, com valor de US$ 47 bilhões. Recebeu investimentos de empresas renomadas, como o SoftBank e o JPMorgan Chase.
No entanto, a busca por um crescimento rápido e as revelações sobre o comportamento do fundador levaram à sua demissão e ao cancelamento de sua oferta pública inicial em 2019. O SoftBank foi obrigado a aumentar seu investimento na WeWork e contratou um novo CEO.
Em 2021, o SoftBank fechou um acordo para abrir o capital da WeWork por meio de uma fusão com uma empresa de aquisição de cheque em branco.
A WeWork conta, atualmente, com 777 escritórios disponíveis em todo o mundo, o que mostra a abrangência e presença global da empresa de coworking.