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Em licença negada à Petrobras, Ibama vê petróleo inviável para além da Foz do Amazonas

Em licença negada à Petrobras, Ibama vê petróleo inviável para além da Foz do Amazonas

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A perfuração de poços para exploração de petróleo na região da margem equatorial, que engloba as bacias da Foz do Amazonas, Barreirinhas, Pará-Maranhão, Potiguar e Ceará, tem sido alvo de discussões e restrições ambientais. Em 2021, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concluiu pela inviabilidade da perfuração de dois poços na bacia de Barreirinhas, localizada no litoral do Maranhão e do Piauí.

Essa negativa, somada à falta de licenciamento para a perfuração de poços na bacia da Foz do Amazonas, tem gerado dificuldades para o setor de petróleo na região. Atualmente, das 37 concessões nas cinco bacias da margem equatorial, 16 estão suspensas por questões ambientais, sendo a maioria delas na bacia de Barreirinhas.

Recentemente, a Shell decidiu devolver quatro concessões nessa área, alegando que o resultado das pesquisas sísmicas realizadas não foi satisfatório. Com isso, a empresa abriu mão do valor pago como bônus de assinatura e dos investimentos feitos nas pesquisas sísmicas.

Os blocos devolvidos pela Shell estavam próximos das concessões em que a Petrobras tinha planos de perfuração de poços, mas teve a licença negada pelo IBAMA. A justificativa do órgão ambiental foi a falta de um plano de emergência adequado para garantir a proteção dos corais e manguezais em caso de vazamento na região.

Essas restrições ambientais também afetam outras bacias da margem equatorial, como a do Pará-Maranhão, onde todas as cinco concessões estão suspensas atualmente. O IBAMA afirma que o planejamento para os próximos anos considera a avaliação de três pedidos para seis poços na região, incluindo os já negados à Petrobras.

Enquanto as empresas do setor de petróleo argumentam que possuem experiência e capacidade técnica para lidar com a sensibilidade ambiental da região, o governo e órgãos ambientais acreditam que as petroleiras não têm se esforçado o suficiente para obter as licenças necessárias.

Essas restrições têm impacto direto no mercado financeiro e nos investidores individuais. A margem equatorial concentra quase metade dos investimentos em poços marítimos previstos no país até 2027, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com as restrições ambientais e a devolução de concessões, os investimentos e a produção de petróleo na região podem ser adiados, afetando o desempenho das empresas do setor e dos investidores.

Portanto, é importante estar atento às questões ambientais e às decisões do governo relacionadas à exploração de petróleo na margem equatorial, pois elas podem ter um impacto significativo no mercado financeiro e nos investimentos realizados.

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