Desafios das Eleições 2024: Melhores Práticas na Gestão de Resíduos
02/10/2024Desafios das Eleições 2024: Melhores Práticas na Gestão de Resíduos
Com os desafios ambientais cada vez mais urgentes, as eleições de 2024 no Brasil se aproximam, trazendo à luz a necessidade vital de uma gestão eficaz dos resíduos. Em 2023, alarmantes 40% dos resíduos e 15% dos rejeitos gerados no país não foram nem reaproveitados nem reciclados, segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento, do Ministério das Cidades. À medida que 5.569 prefeitos se preparam para assumir a administração de seus municípios por quatro anos, fica evidente que a gestão de resíduos é uma das questões mais prementes que eles enfrentarão.
Eleições e Saneamento: A Conexão Crucial
O pesquisador Gesmar Santos, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), destaca que, ao analisar propostas de candidatos, os eleitores devem se atentar à maneira como o saneamento é abordado em sua totalidade. A gestão de resíduos não pode ser vista isoladamente; ela deve integrar-se de maneira coerente às soluções apresentadas para o manejo urbano.
A Obligação do Candidato: Compromisso com a Gestão de Resíduos
Os aspirantes ao cargo de prefeito precisam ter em mente que, além de buscar recursos para uma gestão mais eficiente, existem obrigações claras relacionadas à coleta seletiva e à inclusão de catadores. O desafio é grande, mas os instrumentos e as políticas para transformar a gestão de resíduos em realidade estão disponíveis.
O Panorama Global: Resíduos e Crises Chamadas de Atenção
O relatório "Panorama Global do Manejo de Resíduos 2024", do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), revela que 2,7 bilhões de pessoas no mundo geram resíduos sólidos que nem sequer são coletados. A falta de controle sobre o manejo adequado resulta em poluição que afeta a saúde humana e o planeta, intensificando crises globais como a mudança climática e a perda de biodiversidade.
O Cenário Brasileiro: Desafios e Oportunidades
Ainda que o serviço de limpeza urbana no Brasil alcance 93% da população, a destinação final dos resíduos continua a ser um desafio. Com a estimativa de que existem aproximadamente 3 mil “lixões” no país, a transformação desse cenário correlaciona-se diretamente às ações dos novos gestores municipais.
Conclusão
À medida que as eleições de 2024 se aproximam, a gestão responsável dos resíduos deve estar no centro das propostas dos candidatos. A responsabilidade não é apenas dos prefeitos, mas de cada eleitor consciente que deve exigir ações práticas para um futuro sustentável. É hora de refletir: como você pode influenciar a gestão de resíduos em sua cidade?