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Eleição na Argentina vai para segundo turno entre Massa, com 36% dos votos, e Milei, com 30%

Eleição na Argentina vai para segundo turno entre Massa, com 36% dos votos, e Milei, com 30%

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Eleição na Argentina vai para segundo turno entre Massa, com 36% dos votos, e Milei, com 30%

A eleição presidencial na Argentina teve seu resultado definido: Sergio Massa, atual ministro da Economia, e Javier Milei, candidato de extrema direita, irão disputar o segundo turno. Com 91% das urnas apuradas, Massa obteve 36,33% dos votos (8,9 milhões), enquanto Milei somou 30,18% (7,4 milhões). Patricia Bullrich, considerada a candidata pró-mercados, ficou em terceiro lugar com 23,82% dos votos.

A votação contou com a participação de cerca de 35,8 milhões de argentinos, representando uma taxa de comparecimento de 74%. Esse índice foi maior do que o registrado nas eleições primárias (PASO) de agosto, que foi de 70%. No entanto, houve um recorde de absenteísmo desde o retorno da democracia no país, há 40 anos.

No segundo turno, os argentinos terão que escolher entre dois candidatos com visões diametralmente opostas. Sergio Massa representa o duradouro movimento peronista, que governou o país durante a maior parte dos últimos 20 anos. Já Javier Milei defende ideias libertárias radicais, como a dolarização da economia para combater a inflação acima dos 138% em 12 meses.

Essa disputa no segundo turno traz incertezas para os mercados financeiros na Argentina. Nos últimos meses, houve aumento na volatilidade e as notas internacionais do país foram negociadas a valores baixos, abaixo de 30 centavos de dólar, com receios de um possível default na dívida argentina.

No primeiro turno, Sergio Massa adotou medidas como cortes de impostos e aumento de gastos sociais. Sua vantagem sugere que ele poderá seguir essa estratégia. Além disso, acredita-se que ele buscará evitar uma nova desvalorização do peso, como ocorreu após as eleições primárias de agosto, quando Javier Milei ganhou terreno.

A nova votação está marcada para o dia 19 de novembro e os investidores e o mercado financeiro deverão enfrentar mais um mês de volatilidade até que o próximo presidente argentino seja definido.

Fonte: InfoMoney

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