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Egito, Indonésia, Coreia do Sul: o que está por trás da onda de novas capitais

Egito, Indonésia, Coreia do Sul: o que está por trás da onda de novas capitais

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Egito, Indonésia, Coreia do Sul: o que está por trás da onda de novas capitais

Nos últimos anos, temos observado um fenômeno curioso: a construção ou planejamento de novas capitais em alguns países ao redor do mundo. Esses projetos, que envolvem custos exorbitantes e têm gerado críticas, estão sendo realizados com o objetivo de resolver problemas como superpopulação, problemas ambientais e congestionamentos nas antigas capitais. Vamos analisar alguns casos que estão ocorrendo no Egito, Indonésia e Coreia do Sul, e entender suas repercussões no mercado financeiro e para os investidores no Brasil.

Egito: Nova Capital Administrativa

O Egito está construindo uma nova capital administrativa, localizada a 45 quilômetros do Cairo, com o intuito de aliviar a superpopulação da capital atual. O projeto, que já custou mais de US$ 50 bilhões, faz parte da Nova Rota da Seda, o megaprojeto chinês de investimentos em infraestrutura. No entanto, algumas questões têm sido levantadas a respeito desse empreendimento.

Um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos britânico apontou o risco de a nova capital se tornar inacessível para grande parte da população egípcia. Os altos custos têm levado a construtoras privadas a veicularem anúncios de novos condomínios fechados exclusivamente em inglês, o que mostra uma preocupação com o luxo desses espaços habitacionais. Esse aspecto pode gerar desigualdade social e econômica no país.

Além disso, a participação da China no financiamento desse empreendimento tem levantado preocupações sobre a dívida do Egito com o gigante asiático. É importante acompanhar esse projeto, uma vez que sua conclusão pode trazer consequências tanto para a economia egípcia quanto para o mercado financeiro global.

Indonésia: Nusantara

Na Indonésia, o presidente Joko Widodo anunciou em 2019 a construção de uma nova capital na província de Kalimantan Oriental, na ilha de Bornéu. A atual capital, Jacarta, está afundando devido ao aumento do nível do mar e à superpopulação. O projeto da nova cidade, chamada Nusantara, tem um custo estimado de US$ 35 bilhões.

No entanto, esse empreendimento enfrenta diversos obstáculos. Primeiramente, ele foi rejeitado por grande parte da população de Jacarta, que não concorda com a mudança. Além disso, a pandemia de Covid-19 causou atrasos nas obras, e existe incerteza em relação ao futuro da construção, uma vez que o presidente Widodo deixará o cargo em 2024 e seu sucessor pode não dar continuidade ao projeto.

Essas incertezas podem gerar insegurança nos investidores, que podem optar por não colocar capital nesse empreendimento. Além disso, o debate em torno da mudança da capital pode impactar a política e a economia do país, o que também pode afetar o mercado financeiro.

Coreia do Sul: Sejong

A Coreia do Sul também está vivenciando uma mudança em sua estrutura administrativa, com a construção de Sejong, que fica a 125 quilômetros de Seul, a atual capital. O objetivo dessa mudança é reduzir o congestionamento em Seul e promover o desenvolvimento da região central do país.

No entanto, essa nova capital já recebeu críticas. Alguns especialistas questionam por que o governo sul-coreano decidiu investir em uma nova capital, ao invés de resolver os problemas existentes em Seul. Além disso, a maneira como Sejong está sendo desenvolvida, com divisões sem ligações suficientes entre elas e uma dependência excessiva de automóveis, tem sido alvo de críticas e pode comprometer a criação de comunidades na cidade.

É importante ficar atento a essa mudança na Coreia do Sul, uma vez que ela pode trazer consequências econômicas e políticas para o país e, consequentemente, impactar o mercado financeiro global.

Oportunidades e desafios para investidores brasileiros

Os projetos de construção ou planejamento de novas capitais em países como Egito, Indonésia e Coreia do Sul apresentam tanto oportunidades quanto desafios para os investidores brasileiros interessados em finanças e investimentos.

Por um lado, esses empreendimentos podem atrair investimentos estrangeiros, o que pode gerar oportunidades de diversificação de carteira e de participação em projetos de infraestrutura de grande escala. Além disso, a conclusão dessas obras pode impulsionar o desenvolvimento econômico dos países envolvidos, o que pode resultar em ganhos para os investidores.

Por outro lado, é importante estar atento aos riscos e desafios envolvidos. As incertezas políticas, os altos custos e a possibilidade de desequilíbrio social e econômico podem gerar volatilidade nos mercados financeiros locais e internacionais. Além disso, é importante considerar as questões ambientais e sociais envolvidas nesses projetos, uma vez que eles podem afetar a reputação das empresas envolvidas e o interesse dos investidores.

Portanto, é fundamental que os investidores brasileiros interessados em finanças e investimentos acompanhem de perto essas mudanças e avaliem cuidadosamente os riscos e oportunidades envolvidos. Dessa forma, eles poderão tomar decisões informadas e maximizar seus potenciais ganhos.

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