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Dólar tem maior queda anual desde 2016, com balança e juros no radar

Dólar tem maior queda anual desde 2016, com balança e juros no radar

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Dólar tem maior queda anual desde 2016, com balança e juros no radar

O dólar encerrou o ano de 2023 com a maior queda anual desde 2016, alcançando uma desvalorização de 8,08%. Em sua última sessão do ano, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 4,8534, com uma valorização de 0,43% em relação ao real. Ao longo da semana, o dólar acumulou uma desvalorização de 0,17%.

A queda do dólar frente ao real em 2023 pode ser atribuída a alguns fatores. Um deles é o comportamento da taxa de câmbio no mercado internacional. Após uma sequência de desvalorizações causadas pela expectativa de uma possível redução dos juros nos Estados Unidos, o dólar passou por um ajuste e se fortaleceu. Esse movimento impactou o real, que perdeu parte dos ganhos recentes.

Além disso, a balança comercial brasileira também influenciou a cotação do real. Até a primeira quinzena de dezembro, o saldo positivo acumulado no ano era de US$ 94,179 bilhões, impulsionado pela supersafra agrícola. Esse resultado favorável contribuiu para a estabilidade da moeda brasileira.

Outro fator relevante é a atratividade da renda fixa local, mesmo diante do processo de redução da taxa de juros pelo Banco Central. Ainda hoje, o IBGE divulgou que o IPCA-15 acelerou a 0,40% em dezembro, surpreendendo o mercado que esperava uma inflação menor, de 0,25%. Esses dados desencorajaram apostas de uma queda mais intensa da taxa Selic, o que pode manter a rentabilidade dos investimentos em renda fixa no Brasil.

A queda do dólar em 2023 pode trazer impactos tanto para o mercado financeiro quanto para os investidores individuais no Brasil. Com a moeda norte-americana mais desvalorizada, as importações podem se tornar mais atrativas e os produtos importados podem ter seus preços reduzidos. No entanto, exportadores brasileiros podem sentir os reflexos da queda do dólar, já que suas receitas em dólar serão convertidas para real com um valor menor.

Para os investidores, a queda do dólar pode ser vantajosa para quem possui investimentos atrelados à moeda norte-americana, como fundos cambiais e ativos internacionais. No entanto, é importante ressaltar que o câmbio é uma variável volátil e imprevisível, portanto, é necessário avaliar cuidadosamente os riscos antes de realizar qualquer investimento.

Em resumo, o dólar encerrou o ano de 2023 com a maior queda anual desde 2016, reflexo de influências tanto do mercado internacional quanto da balança comercial brasileira. A atratividade da renda fixa no país, mesmo com a redução dos juros, também contribuiu para a desvalorização da moeda norte-americana. Essa queda pode trazer impactos para o mercado financeiro e para os investidores individuais, tanto positivos quanto negativos, devendo ser acompanhada de perto.

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