Dólar sobe e fecha a R$ 4,89, com Fed e Brasília no radar; Ibovespa recua

O mercado financeiro no Brasil está atento aos acontecimentos em Brasília e às ações do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, que estão influenciando o valor do dólar e o desempenho do Ibovespa.

Dólar em alta

No fechamento da sessão, o dólar registrou uma alta de 0,95%, cotado a R$ 4,8980. No dia anterior, a moeda norte-americana tinha fechado em baixa de 1,11%, vendida a R$ 4,8517. Esse aumento no valor do dólar pode ter impactos no mercado financeiro e nos investimentos dos brasileiros.

Ata do Fomc

O destaque do dia foi a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve. No documento, as autoridades concordaram que poderão adotar uma abordagem mais cautelosa em relação à taxa básica de juros dos Estados Unidos, mas reforçaram que poderão aumentá-la se os dados econômicos não mostrarem progresso suficiente na redução da inflação norte-americana.

A ata também revelou que os membros do Fomc debateram os sinais contraditórios na maior economia do mundo. Apesar dos aumentos nas taxas de juros para famílias, empresas e o governo, a atividade econômica nos Estados Unidos apresentou avanço de 4,9% no terceiro trimestre. A visão predominante do mercado é que o Banco Central dos EUA já concluiu seu ciclo de alta de juros. Isso agrada os investidores e beneficia ativos de risco, como o real e a bolsa brasileira.

Impactos no mercado brasileiro

O aumento do dólar pode ter impactos negativos no mercado financeiro brasileiro. Investidores que possuem ativos atrelados ao dólar, como ações de empresas exportadoras, podem ser afetados. Além disso, a alta do dólar pode gerar pressões inflacionárias, levando o Banco Central do Brasil a tomar medidas para controlar a inflação, como o aumento da taxa básica de juros (Selic). Isso pode influenciar o rendimento de investimentos em renda fixa.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, encerrou em queda de 0,26%, aos 125.626 pontos. Na sessão anterior, o índice tinha fechado em alta de 0,95% e atingido o maior patamar desde julho de 2021, com 125.957 pontos. A queda do Ibovespa pode estar relacionada ao cenário internacional, com a expectativa de aumento dos juros nos Estados Unidos e a consequente valorização do dólar, o que desestimula investimentos em mercados emergentes como o Brasil.

Cenário político brasileiro

Além dos acontecimentos internacionais, o mercado financeiro também está atento ao desenrolar das pautas econômicas do governo brasileiro no Congresso Nacional. A votação das propostas que regulamentam e tributam o mercado de apostas esportivas e cassinos online, bem como os investimentos de brasileiros no exterior, fazem parte do pacote de medidas do ministro da Fazenda, com o objetivo de aumentar a arrecadação federal em 2024.

Essas propostas podem trazer ganhos para a economia brasileira, mas também geram incertezas e impactos nos investimentos. Os investidores estão de olho nesses desdobramentos, que podem influenciar o mercado financeiro nos próximos meses.

Conclusão

O mercado financeiro brasileiro está passando por momentos de turbulência, influenciado pelos acontecimentos internacionais, como a ata do Fomc e as expectativas em relação às decisões do Federal Reserve. Além disso, o cenário político brasileiro também tem gerado incertezas, com a votação de propostas econômicas importantes.

Esse contexto resultou em uma alta do dólar e em uma queda no Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Os impactos desses movimentos no mercado podem afetar os investimentos individuais e a economia como um todo. Portanto, é importante que os investidores estejam atentos e busquem informações para se posicionarem da melhor forma diante dessas oscilações.