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Dólar sobe 0,79% e encerra a R$ 5,0667 com Treasuries ainda no radar

Dólar sobe 0,79% e encerra a R$ 5,0667 com Treasuries ainda no radar

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Dólar sobe 0,79% e encerra a R$ 5,0667 com Treasuries ainda no radar

O dólar abriu a semana em alta firme no mercado cambial brasileiro, impulsionado pelo avanço das taxas dos Treasuries e o fortalecimento da moeda americana no exterior. O aumento das chances de uma nova alta da taxa básica de juros nos Estados Unidos neste ano, devido às leituras acima do esperado dos índices gerente de compras (PMIs) industriais, reforçou a perspectiva de juros elevados por um período prolongado no país.

No início do pregão, o dólar já superou rapidamente o nível de R$ 5,05 e, no decorrer do dia, atingiu o pico da sessão a R$ 5,0805. Ao final do dia, a moeda subiu 0,79% e encerrou a R$ 5,0667, alcançando os maiores níveis desde maio.

O contrato de dólar futuro para novembro teve um giro expressivo para uma segunda-feira, movimentando mais de US$ 14 bilhões. O real, que geralmente sofre mais em momentos de estresse no mercado internacional, não liderou as perdas entre as divisas emergentes e dos países exportadores de commodities desta vez.

Em relação aos pares latino-americanos, o peso colombiano registrou uma queda superior a 2%, enquanto o peso mexicano perdeu cerca de 1,5%. Segundo o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, mesmo com o desempenho melhor do real em comparação com seus pares, o dólar continua a ser impulsionado pela alta inflação americana e pelo pessimismo dos membros do Fed em relação ao impasse entre juros e inflação.

A diretora do Fed, Michelle Bowman, afirmou que considera apropriado elevar ainda mais os juros e mantê-los em nível restritivo por algum tempo, a fim de que a inflação volte à meta de 2%. Já o vice-presidente para supervisão do Banco Central americano, Michael Barr, destacou que a questão mais importante não é se os juros devem subir mais neste ano, mas por quanto tempo eles devem permanecer em um nível suficientemente restritivo.

O índice DXY, que é a referência para o comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, atingiu novamente o nível dos 107.000 pontos, principalmente devido aos ganhos da moeda americana em relação ao euro. Os dados de PMI industrial da zona do euro mostraram uma queda na passagem de agosto para setembro, em linha com as expectativas dos analistas.

No cenário doméstico, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 8,904 bilhões em setembro, abaixo da mediana das projeções, mas ainda assim representando um recorde para o mês de setembro. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 71,309 bilhões. O governo revisou a projeção de superávit para este ano, passando de US$ 84,7 bilhões para US$ 93 bilhões.

Embora a perspectiva de um superávit comercial recorde em 2023 seja positiva, o economista da Pezco, Helcio Takeda, acredita que o dólar ainda deve se manter acima de R$ 5,00 até o fim do ano. Para ele, fatores internacionais, como o avanço dos yields das Treasuries, exercem uma influência muito maior do que os fundamentos do país, como o superávit comercial renovando recordes e o déficit tranquilo em conta corrente.

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