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Dólar paralelo salta e ultrapassa 1.000 pesos argentinos conforme eleições se aproximam

Dólar paralelo salta e ultrapassa 1.000 pesos argentinos conforme eleições se aproximam

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Dólar paralelo salta e ultrapassa 1.000 pesos argentinos conforme eleições se aproximam

O peso argentino continua em queda livre e atingiu um novo marco nesta terça-feira, ultrapassando a marca de 1.000 pesos por dólar no mercado paralelo informal. Essa desvalorização ocorre menos de duas semanas antes de uma eleição presidencial crucial, o que aumenta a incerteza no país. O valor atual do peso ajustado pela inflação no mercado informal é o mais fraco em três décadas, com exceção de outubro de 2020.

Diante dessas circunstâncias, os investidores têm buscado por moedas estrangeiras e o Banco Central da Argentina precisou intervir vendendo cerca de 220 milhões de dólares em reservas, numa tentativa de conter a desvalorização. Essa foi a maior intervenção do banco desde o final de agosto.

Os eleitores argentinos irão às urnas no dia 22 de outubro para escolher o novo presidente. Atualmente, três principais candidatos estão na disputa, com destaque para o libertário radical Javier Milei, que surpreendeu ao conquistar o primeiro lugar nas primárias de agosto. A incerteza política em relação ao futuro do país tem influenciado negativamente o valor da moeda.

Desde as primárias, o peso argentino já perdeu 44% de seu valor em relação ao dólar. Essa queda é reflexo do cenário de desconfiança dos investidores, que evitam fazer negócios com a moeda local. Muitos argentinos têm buscado se dolarizar antes das eleições, a fim de evitar maiores prejuízos financeiros.

A situação do peso argentino tem impactos significativos no mercado financeiro do país e também para os investidores individuais. O aumento na cotação do dólar aumenta a inflação, dificultando a vida dos argentinos no dia a dia. Além disso, a instabilidade cambial desencoraja o investimento estrangeiro no país e pode levar a uma crise econômica ainda maior.

Diante desses acontecimentos, o Banco Central da Argentina irá discutir a possibilidade de aumentar a taxa de juros de referência em sua reunião de quinta-feira. Tal medida visa controlar a inflação e atrair investidores para o país. Porém, esse aumento na taxa de juros pode ter impactos negativos na economia real, dificultando o acesso ao crédito e a retomada do crescimento.

Em resumo, a desvalorização do peso argentino e a incerteza política do país têm impactos diretos no mercado financeiro e para os investidores brasileiros. A alta do dólar paralelo evidencia a necessidade de cautela na hora de investir na Argentina e ressalta a importância de diversificar os investimentos, buscando ativos em outras moedas mais estáveis.

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