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Dólar em alta e renda fixa dos EUA com taxas recordes: o que é preciso para começar a investir lá fora?

Dólar em alta e renda fixa dos EUA com taxas recordes: o que é preciso para começar a investir lá fora?

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Dólar em alta e renda fixa dos EUA com taxas recordes: o que é preciso para começar a investir lá fora?

Os investidores brasileiros que desejam diversificar sua carteira de investimentos com alocação no exterior estão vivendo um momento único. Contrariando a história, a renda fixa dos Estados Unidos está pagando quase 5% ao ano, um patamar impensável tempos atrás para aplicações em dólar, que volta a ser um refúgio em tempos de crise. Mas, afinal, o que é necessário para iniciar esses investimentos?

Diversificação estrutural e levando em conta o perfil

Segundo especialistas, é importante ter em mente que o investimento no exterior deve ir além da exposição direta a uma moeda estrangeira. A diversificação precisa ser feita de forma estrutural, levando em conta o perfil do investidor. A alocação tática em renda fixa é um exemplo desse processo, aproveitando o momento do mercado americano para juros. No entanto, cada carteira estrutural, independentemente do perfil, não vai ignorar a renda fixa, mas sim adequar a porcentagem de acordo com o perfil do investidor.

Cenário nos EUA e expectativas

Atualmente, nos Estados Unidos, as taxas referenciais de juros estão na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, e há preocupação com a situação fiscal do país, que enfrenta risco de paralisação de gastos. Essa combinação tem levado as rentabilidades da renda fixa americana para os maiores patamares em mais de 15 anos. A expectativa é que esses níveis não se mantenham assim para sempre, por isso a estratégia de alocação tática se baseia na compra de papéis com prazos mais longos, para aproveitar os ganhos por mais tempo.

Perfis de investidor

Em linhas gerais, a Nomad separa os perfis de investidor em três grandes grupos, todos atualmente com forte presença de títulos de renda fixa no exterior: conservador, moderado e agressivo. Cada perfil tem uma porcentagem de alocação em renda fixa e há também a opção de internacionalização para além dos EUA, com ativos europeus ou da Ásia na carteira. No entanto, vale ressaltar que os papéis americanos ainda respondem por quase 70% da alocação internacional, de acordo com a Nomad.

Benefícios da diversificação no exterior

Para qualquer perfil de investidor, é recomendável diversificar a carteira alocando parte dos investimentos no exterior. Além de reduzir o risco global do portfólio, ter ativos no exterior pode ser benéfico em momentos de crise no Brasil, já que a alta do dólar pode proteger a carteira. Além disso, investimentos no exterior podem ter lógicas diferentes da local, com as ações subindo mesmo em cenários de queda no Brasil.

Como começar a investir no exterior?

Para investir no exterior, independentemente do perfil e da estratégia, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora que ofereça serviços no exterior. É por meio dessa plataforma que ele terá acesso aos produtos disponíveis, como títulos de renda fixa, como os Treasuries do Tesouro americano ou títulos de crédito privado, os chamados bonds, além de opções de renda variável, como ações.

Uma forma de diversificar a carteira no exterior de forma mais fácil e acessível é utilizar os ETFs (fundos de índice). Diferentemente dos bonds, que exigem um valor mínimo de aplicação, muitos ETFs têm um aporte inicial baixo, taxa de administração baixa e a possibilidade de receber dividendos. Há diferentes opções de ETFs para objetivos e níveis de risco distintos.

Cuidados a serem observados

Entre os pontos de atenção para o investidor, o risco cambial é o mais importante. Ou seja, a possibilidade de perdas em caso de valorização do real, o que impacta o rendimento em dólares na hora da conversão. Uma forma de minimizar esse risco é ajustar o tamanho da alocação no exterior de acordo com os objetivos de investimento e o custo em dólar planejado.

É importante que o investidor esteja confortável em relação ao tamanho do aporte em conta internacional, deixando fora do país apenas os recursos que não correm o risco de fazer falta no Brasil em caso de emergência. É essencial considerar que pode ocorrer uma variação grande da moeda e talvez não seja vantajoso trazer o dinheiro de volta devido à cotação do dólar. Portanto, é necessário ter paciência e esperar o momento adequado.

Diversificar a carteira investindo no exterior é recomendável para qualquer perfil de investidor. Além de aproveitar o atual cenário de renda fixa nos Estados Unidos, essa estratégia ajuda a reduzir o risco global da carteira e pode trazer benefícios em momentos de crise no Brasil. Para começar, é necessário ter uma conta em corretora que ofereça serviços no exterior e utilizar produtos como títulos de renda fixa e ETFs. Contudo, é importante ter em mente o risco cambial e fazer uma alocação adequada de acordo com os objetivos de investimento.

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