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Dólar à vista fecha em queda de 1,01%, ao menor valor no mês, com apetite global ao risco

Dólar à vista fecha em queda de 1,01%, ao menor valor no mês, com apetite global ao risco

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Dólar fecha em queda abaixo da linha de R$ 5,04, impulsionado por fatores globais

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 16, em queda firme, abaixo da linha de R$ 5,04. Esse cenário foi impulsionado por um dia marcado por apetite ao risco e enfraquecimento global da moeda norte-americana. Dados abaixo do esperado da economia dos Estados Unidos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cristalizaram a aposta de que a taxa básica norte-americana não será elevada em novembro.

Cenário externo favorece moedas emergentes

O rand sul-africano, o real e o peso mexicano lideraram os ganhos entre as moedas emergentes. Elas se beneficiaram da valorização de commodities metálicas, especialmente o minério de ferro, impulsionadas pelos estímulos monetários na China. Além disso, a busca por ativos mais arriscados também se baseou na redução dos temores relacionados à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que poderia prejudicar a oferta mundial de petróleo e causar inflação. As cotações do óleo recuaram, voltando a se situar abaixo de US$ 90 o barril.

Dólar aprofunda queda e registra menor valor em duas semanas

O dólar aprofundou o ritmo de baixa durante a tarde e registrou o valor mínimo de R$ 5,0342 nos últimos minutos do pregão. No fim da sessão, a divisa recuava 1,01%, cotada a R$ 5,0372 - o menor valor de fechamento em duas semanas. Vale ressaltar que o dólar ainda acumula uma leve valorização no mês (+0,21%).

Expectativas sobre elevação dos juros nos EUA

O sócio e head de câmbio da Nexgen Capital, Felipe Izac, afirma que uma combinação de fatores levou à percepção de que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) não vai promover a elevação dos juros em novembro. Vários dirigentes do Fed têm trazido uma visão menos hawkish nos últimos dias, indicando que a manutenção dos juros é a melhor estratégia no momento. Izac destaca que o dólar sofreu uma forte valorização em setembro e na primeira semana de outubro, devido a temores de um aperto monetário mais forte nos EUA.

Impacto para o mercado financeiro e investidores individuais no Brasil

A queda do dólar possui impactos significativos no mercado financeiro brasileiro e para os investidores individuais. Uma taxa de câmbio mais baixa favorece a importação, uma vez que os produtos importados ficam mais acessíveis. Além disso, a redução do dólar também pode impactar positivamente setores da economia que dependem de insumos importados, como a indústria.

No entanto, é importante destacar que o cenário cambial está sendo ditado predominantemente pelo ambiente externo. Os investidores também estão atentos ao andamento dos projetos do governo brasileiro para aumentar a arrecadação e cumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024. Ressalta-se que há riscos de que a votação do projeto de lei sobre taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore) seja adiada, o que pode afetar os investidores nacionais.

Conclusão

A queda do dólar frente ao real, registrada nesta segunda-feira, foi impulsionada por fatores globais, como a redução dos temores relacionados à guerra no Oriente Médio e a perspectiva de que o Fed não elevará a taxa básica de juros em novembro. Além disso, a valorização de commodities metálicas, como o minério de ferro, também contribuiu para o fortalecimento de moedas emergentes. Essa queda do dólar possui impactos relevantes no mercado financeiro brasileiro e para os investidores individuais, beneficiando a importação e setores da economia que dependem de insumos importados. No entanto, é importante ficar atento ao cenário externo e às decisões políticas internas que podem afetar o câmbio.

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