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Dólar à vista abre a semana em baixa com alívio nas taxas dos Tresuries

Dólar à vista abre a semana em baixa com alívio nas taxas dos Tresuries

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Dólar à vista abre a semana em baixa com alívio nas taxas dos Treasuries

Na segunda-feira, 23 de novembro, o dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,29%, cotado a R$5,0169. Esse é o menor valor de fechamento desde 26 de setembro (R$4,9871). Inicialmente, a moeda norte-americana chegou a subir e superar a marca de R$5,05, impulsionada pelo aumento nas taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, que atingiram 5%. No entanto, com a inversão da tendência das taxas americanas, o dólar perdeu força no Brasil e chegou a romper o patamar de R$5,00.

Ao longo da semana passada, o dólar teve uma desvalorização de 1,12% e, somando à queda desta segunda-feira, acumula uma leve baixa de 0,20% no mês. No ano, a moeda norte-americana registra uma queda de 4,98%.

Os analistas destacam que o cenário internacional continua sendo um fator determinante para a formação da taxa de câmbio. Além disso, o andamento da agenda econômica no Congresso também é monitorado de perto, mas não tem conseguido influenciar significativamente o comportamento do dólar no Brasil.

Os investidores estão atentos aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio e aos indicadores econômicos nos Estados Unidos, que são a base para as expectativas em relação às próximas ações do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Nesta semana, será divulgada a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre, na quinta-feira, e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) na sexta-feira.

Segundo o diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni, a falta de notícias relevantes parece ser uma boa notícia para o mercado. Além disso, a desvalorização do petróleo e do ouro, que ocorreu nesta segunda-feira, também contribui para a queda do dólar.

No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a seis moedas fortes, operou em queda e a taxa dos Treasuries de 10 anos teve uma leve redução. As cotações internacionais do petróleo também recuaram, ficando abaixo de US$90 o barril, devido à redução e aos temores de que o conflito entre Israel e Hamas envolva outros atores relevantes da região.

O economista e sócio da Valor Investimentos, Gabriel Meira, destaca que a virada dos Treasuries para o campo negativo hoje se deu após o gestor Bill Ackman, da Pershing Square Capital Management, afirmar que deixou de apostar contra os títulos longos dos EUA, dado o nível elevado das taxas e a provável demanda por esses papéis como refúgio em momentos de aversão ao risco. Além disso, não houve um agravamento das tensões geopolíticas no fim de semana.

Durante um evento no Estadão, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o aperto da liquidez global, causado pelos juros mais altos nos Estados Unidos, pode afetar de forma mais severa as economias emergentes. Ele pediu ao Congresso que aprove medidas para reverter o déficit das contas primárias, ressaltando que a redução dos fluxos de capital para os países emergentes torna o mercado mais exigente quanto ao ajuste das contas públicas.

Em resumo, o dólar à vista abriu a semana com uma queda de 0,29%, influenciado pelo comportamento da moeda no exterior. O alívio nas taxas dos Treasuries nos Estados Unidos e a falta de notícias relevantes contribuíram para a desvalorização da moeda norte-americana. Os investidores continuam monitorando o cenário internacional, especialmente o conflito no Oriente Médio e os indicadores econômicos nos EUA, que podem impactar as próximas ações do Federal Reserve. No Brasil, a tramitação da agenda econômica no Congresso também é acompanhada de perto, mas não tem influenciado significativamente a taxa de câmbio.

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