📰 Últimas notícias
Disputa por mercado marca discussão sobre rotativo do cartão de crédito

Disputa por mercado marca discussão sobre rotativo do cartão de crédito

Publicidade

A solução para os juros altos do rotativo do cartão de crédito no Brasil enfrenta obstáculos no mercado financeiro e nas negociações com o governo. Para entender melhor a situação e seus impactos, entrevistamos representantes de bancos, empresas de maquininhas de cartão, setor de varejo e indústria do cartão.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) concordam que é necessário fazer mudanças no rotativo do cartão, mas discordam sobre como realizar essas alterações.

Os bancos defendem que as mudanças no rotativo sejam acompanhadas de um redesenho do parcelamento de compras sem juros. As empresas de maquininhas de cartão, por sua vez, contestam essa correlação entre os dois temas e defendem que o parcelado sem juros não seja afetado.

O setor de varejo concorda em limitar gradualmente as compras parceladas sem juros, enquanto a indústria do cartão busca corrigir distorções e aperfeiçoar a modalidade.

No Congresso, há um projeto que estabelece um prazo de 90 dias para que seja definido um patamar menor de juros para o rotativo e o crédito parcelado. Se nada for feito, será aplicado um limite que limita a dívida ao dobro do valor original.

Além disso, existe o receio de que haja um tabelamento de juros, o que poderia desequilibrar o sistema e ter graves consequências.

As propostas para solucionar o problema do rotativo envolvem substituir o rotativo por um parcelamento automático dos débitos, criar um marketplace de dívida, melhorar a regulamentação das tarifas cobradas pelos emissores de cartão e adotar medidas de portabilidade e concorrência.

No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre as funcionalidades do cartão como meio de pagamento e não eliminar o parcelado sem juros, já que isso é importante para o médio e pequeno varejo. Também é necessário promover a educação financeira e oferecer linhas de crédito com juros acessíveis.

Apesar de o debate estar em andamento e de haver divergências, é importante que a indústria trabalhe em conjunto para encontrar uma solução que beneficie o consumidor final, reduza os subsídios cruzados e promova um equilíbrio econômico estável.

Publicidade
Publicidade
🡡