Déficit orçamentário dos EUA sobe para US$ 1,7 tri por receitas fiscais menores

O déficit orçamentário nos Estados Unidos atingiu a marca de US$ 1,7 trilhão, o equivalente a R$ 8,5 trilhões na cotação atual, segundo dados divulgados pelo governo americano nesta sexta-feira (20). Essa notícia pode ter impactos significativos no mercado financeiro e nas perspectivas para investidores individuais no Brasil.

Aumento do déficit e seus motivos

O déficit aumentou em US$ 320 bilhões em relação ao ano fiscal anterior, encerrado em 30 de setembro. Esse aumento foi resultado de uma redução nas receitas com impostos e menores depósitos de rendimentos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Esses fatores foram influenciados pelas taxas de juros mais altas.

Redução das despesas e gastos em áreas específicas

Apesar do aumento do déficit, as despesas totais do governo tiveram uma leve queda em comparação com o ano anterior. Isso ocorreu após a Suprema Corte cancelar o programa de perdão de empréstimos estudantis proposto pelo presidente Joe Biden.

No entanto, é importante destacar que houve um aumento de US$ 134 bilhões na Previdência Social, devido aos ajustes pela inflação, além de uma expansão de US$ 162 bilhões nas despesas com juros da dívida pública.

Implicações para o mercado financeiro

O aumento do déficit orçamentário dos Estados Unidos pode ter implicações significativas para o mercado financeiro global, incluindo o mercado brasileiro. O déficit crescente pode aumentar a pressão sobre o presidente Joe Biden em sua busca pela reeleição em 2024, o que pode levar a mudanças políticas e impactar diretamente a economia.

Esse cenário pode gerar incertezas nos mercados, afetando os investidores individuais no Brasil. A volatilidade dos mercados pode aumentar, exigindo cautela na tomada de decisões de investimento.

Perspectivas futuras

A nota conjunta divulgada pelo Departamento do Tesouro e pelo Escritório de Gestão e Orçamento destacou que o déficit atual ainda é US$ 1 trilhão menor do que quando o presidente Biden assumiu o cargo. Essa redução é atribuída, em grande parte, à forte recuperação econômica após os impactos da pandemia de COVID-19.

No entanto, é importante acompanhar de perto os próximos passos do governo americano para lidar com o déficit crescente e as possíveis medidas que serão adotadas para equilibrar as receitas e as despesas.

Em resumo, o aumento do déficit orçamentário nos Estados Unidos pode trazer instabilidade ao mercado financeiro global, afetando também os investidores individuais no Brasil. É fundamental estar atento às consequências desse cenário e buscar orientações de profissionais especializados para tomar decisões conscientes e informadas em relação aos investimentos.