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Déficit do governo atinge R$ 234,3 bilhões em 2023 e contraria promessa de Haddad

Déficit do governo atinge R$ 234,3 bilhões em 2023 e contraria promessa de Haddad

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Déficit do governo atinge R$ 234,3 bilhões em 2023 e contraria promessa de Haddad

O déficit primário do governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, alcançou a marca de R$ 234,3 bilhões em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Essa cifra representa uma redução de R$ 294 bilhões em relação ao ano anterior, quando o governo registrou um superávit de R$ 59,7 bilhões.

Esses números ficam ainda mais preocupantes quando lembramos das promessas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no início do seu mandato. Em seu primeiro discurso como ministro, Haddad afirmou que não aceitaria um resultado primário pior do que os R$ 220 bilhões previstos de déficit no Orçamento para 2023. Infelizmente, essa promessa não foi cumprida.

O Ipea apontou que o principal motivo para esse grande déficit foi o pagamento de precatórios. Se não fosse por esse gasto, o rombo seria de R$ 141,2 bilhões. Além disso, as despesas totais do governo aumentaram 12,9% em relação ao ano anterior.

É importante ressaltar que o déficit primário é calculado a partir da diferença entre as receitas e despesas do governo central, sem incluir os juros da dívida. O mês de dezembro foi especialmente impactante, com um déficit de R$ 119,4 bilhões, impulsionado pelos pagamentos dos precatórios.

Outro fator que contribuiu para o aumento do déficit foi o significativo crescimento nas despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias e sujeitas à avaliação do gestor. Em dezembro de 2023, o governo gastou R$ 14,7 bilhões nesse tipo de despesa, representando um aumento de 64,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Por outro lado, a receita total do governo registrou uma queda real de R$ 72,3 bilhões (-2,9%) em relação a 2022. Essa diminuição foi impulsionada principalmente pelas receitas provenientes de concessões e permissões, que apresentaram uma queda de R$ 40,8 bilhões (-82,2%).

Diante desses dados, é possível observar que o déficit do governo em 2023 teve um impacto negativo na economia do país. Essa situação contraria as expectativas geradas pela promessa de Haddad de que o resultado primário seria melhor do que o previsto inicialmente.

Para os investidores individuais brasileiros, o déficit do governo pode gerar incertezas e desconfiança em relação ao futuro da economia. É importante acompanhar de perto os desdobramentos dessa situação e buscar estratégias de investimento que estejam alinhadas com o atual cenário econômico.

É fundamental que os indivíduos estejam atentos às informações e análises financeiras, buscando se informar sobre as perspectivas do mercado e as possíveis consequências do déficit do governo para os diversos setores da economia brasileira. Assim, poderão tomar decisões mais conscientes e bem fundamentadas em relação aos seus investimentos.

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