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Da pedra na vesícula ao chifre: como até partes inusitadas do boi são aproveitadas pela indústria

Da pedra na vesícula ao chifre: como até partes inusitadas do boi são aproveitadas pela indústria

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Da pedra na vesícula ao chifre: como até partes inusitadas do boi são aproveitadas pela indústria

No mercado financeiro, diversas commodities ganham destaque e movimentam milhões de dólares nas negociações, como ouro, petróleo e grãos. Mas uma commodity inusitada tem chamado atenção recentemente: as pedras na vesícula de bovinos.

Em setembro deste ano, foi relatado um caso de roubo milionário de pedras na vesícula de uma empresa exportadora no Brasil. Essas pedras são encontradas em bovinos e possuem um valor de mercado surpreendente. No mercado asiático, elas podem chegar a custar até US$ 50 por grama, o que equivale a aproximadamente R$ 245,57 na cotação atual.

Porém, vale ressaltar que essas pedras não são encontradas em todos os bovinos. Na maioria das vezes, são grãos muito pequenos, que não chegam a um grama. As pedras grandes e de alto valor são achados raríssimos. Segundo a pesquisadora da Clínica Médica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Daniela Gomes da Silva, o tamanho, a cor, o formato e a condição da pedra influenciam seu valor.

O mercado das pedras na vesícula de bovinos é controlado praticamente apenas pelo mercado asiático, o que faz com que os preços sejam sujeitos a especulação e variações significativas. Além disso, essas pedras têm um uso específico na medicina tradicional chinesa, sendo utilizadas no tratamento de convulsões, desmaios, febre e outras doenças.

Os frigoríficos são a principal fonte dessas pedras, uma vez que durante o processo de abate, as vesículas biliares são retiradas e o conteúdo é peneirado para verificar a presença de cálculos. É importante ressaltar que os cálculos biliares não prejudicam a qualidade da carne para consumo humano.

Apesar de não ser um assunto comum no mercado financeiro, é interessante destacar como até partes inusitadas do boi são aproveitadas pela indústria. Além das pedras na vesícula, outros exemplos são os chifres, ossos, pele, gordura, suprarrenais, tiróide, pâncreas, intestino, pelos e sangue dos bovinos, que são utilizados na fabricação de diversos produtos.

Por exemplo, dos chifres são extraídos componentes utilizados em produtos farmacêuticos e na fabricação de instrumentos musicais. Os ossos são aproveitados na produção de fertilizantes, ração animal e até mesmo na fabricação de porcelanas. A pele do boi é utilizada na fabricação de roupas, bolsas, calçados, revestimentos e outros materiais.

Da pele também é extraído o colágeno, uma substância utilizada em cosméticos, suplementos alimentares, medicamentos e outros produtos. A gordura dos bovinos é aproveitada na culinária e na produção de produtos como sabão e lubrificantes. Já partes como suprarrenais, tiróide e pâncreas são fontes de substâncias utilizadas em remédios e tratamentos médicos.

Até mesmo os pelos e pelos localizados nas orelhas dos bois são aproveitados na fabricação de pincéis finíssimos e produtos de limpeza. O sangue dos bovinos é utilizado na produção de plasma, soro e farinha de sangue, que possuem diferentes aplicações na indústria alimentícia e de fertilizantes.

Diante disso, podemos perceber como diversas partes do animal são valorizadas e aproveitadas pela indústria. Essa diversificação de produtos derivados do boi pode trazer impactos não apenas no setor financeiro, mas também na cadeia produtiva e no cotidiano dos consumidores brasileiros.

Portanto, é interessante estar atento a essas tendências e entender como elas podem impactar o mercado financeiro e os investimentos no Brasil, principalmente para aqueles que estão envolvidos nesse setor.

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