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CVM condena gestora Infinity Asset e diretor-presidente por operações irregulares em fundos de investimento

CVM condena gestora Infinity Asset e diretor-presidente por operações irregulares em fundos de investimento

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CVM condena gestora Infinity Asset e diretor-presidente por operações irregulares em fundos de investimento

Cerca de cinco anos após o início do processo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou a gestora Infinity Asset Management e seu diretor-presidente, David Jesus Gil Fernandez, por irregularidades em operações realizadas por fundos da empresa entre setembro de 2014 e dezembro de 2018. A decisão foi proferida pela Superintendência de Processos Sancionadores (SPS) da CVM, em julgamento realizado nesta terça-feira (12).

Condenações e multas aplicadas

De acordo com a relatora do caso, a diretora Flávia Perlingeiro, Fernandez foi condenado por ser o diretor responsável pela gestão de seis fundos da Infinity Asset durante o período investigado. Ficou comprovado que o executivo realizou operações em instrumentos IDIs flexíveis sem garantia em mercado de balcão, o que resultou em prejuízos de mais de 80% nas cotas de fundos de renda fixa. Por sua conduta, Fernandez foi inabilitado por 60 meses para o exercício de cargos de administrador ou conselheiro fiscal de companhias abertas ou entidades do sistema de distribuição.

Além disso, Fernandez e a Infinity Asset Management foram condenados a pagar multas que somam cerca de R$ 2 milhões. As penalidades foram aplicadas por descumprimento de limites de concentração por emissor nas aplicações em opções de fundos, bem como por não alocar no mínimo 80% da carteira em ativos relacionados diretamente ao fator de risco que dá nome à classe dos fundos.

Outros envolvidos no caso também foram condenados. André Tadeu Paes de Souza, diretor responsável pela gestão dos mesmos seis fundos a partir de junho de 2016, terá que pagar multas no valor de R$ 595 mil. Celso Gil Fernandez, diretor responsável pela administração de recursos de terceiros da Infinity Corretora à época, receberá multas de R$ 425 mil.

Condenações e multas para outras empresas e pessoas

As antigas administradoras Infinity Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S/A e BRB DTVM S.A, responsáveis pela administração de alguns fundos da gestora, também foram condenadas. A Infinity Corretora terá que pagar multas de R$ 1,1 milhão, enquanto a BRB DTVM pagará R$ 800 mil.

Henrique Leite Domingues e Andréa Moreira Lopes também foram condenados e terão que pagar multas, cujos valores não foram divulgados.

Implicações para o mercado financeiro e investidores individuais

A condenação da Infinity Asset Management e de seu diretor-presidente por operações irregulares em fundos de investimento tem impactos importantes para o mercado financeiro brasileiro. A decisão da CVM reforça a importância da transparência e do cumprimento das regras por parte das instituições financeiras, garantindo a segurança e a confiança dos investidores.

Para os investidores individuais, essa decisão serve como um alerta para a escolha cuidadosa das instituições financeiras com as quais eles investem seu dinheiro. É fundamental verificar a reputação e a idoneidade de uma gestora antes de tomar qualquer decisão de investimento.

Novos fatos não foram considerados

Durante o julgamento, a CVM afirmou que as reclamações mais recentes de investidores envolvendo a Infinity Asset não foram levadas em conta. A relatora enfatizou que esses fatos devem ser apurados pelas áreas técnicas competentes, para que, se for o caso, sejam seguidos os trâmites processuais adequados.

É importante ressaltar que o InfoMoney tentou entrar em contato com as defesas dos condenados, mas não obteve sucesso.

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