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Culpa do Insta? Redes sociais são as maiores “vilãs” da vida financeira, dizem endividados

Culpa do Insta? Redes sociais são as maiores “vilãs” da vida financeira, dizem endividados

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Culpa do Insta? Redes sociais são as maiores “vilãs” da vida financeira, dizem endividados

As redes sociais têm mostrado um impacto cada vez maior na vida financeira dos brasileiros, ultrapassando programas de TV e amigos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pela MFM Tecnologia, especializada em cobrança. A pesquisa revelou que 23% das pessoas endividadas apontam as redes sociais como a principal influência negativa em suas finanças.

No ano passado, as redes sociais ocupavam apenas a terceira posição como má influência, com 16% dos endividados citando este fator. No entanto, neste ano, elas ultrapassaram programas de TV, amigos e até mesmo o cônjuge, que aparecem respectivamente com 13%, 11% e 10% das menções como má influência.

O diretor de inovação e marketing da MFM, Luiz Ojima Sakuda, aponta que dois fatores podem explicar esse protagonismo das redes sociais. O primeiro é o estímulo ao consumo através da publicidade e o segundo é a tentativa de se equiparar aos outros usuários, o que acaba gerando ansiedade nas pessoas que já estão com sua situação financeira comprometida.

Outro comportamento moderno que pode afetar as finanças domésticas é a difusão das plataformas de apostas online, que está aparecendo como uma fonte de preocupação emergente.

Curiosamente, as redes sociais também foram mencionadas por 17% dos endividados como uma boa influência em suas vidas financeiras, ficando atrás apenas do cônjuge, mencionado por 27%. Isso demonstra a dualidade de percepção das redes sociais como fonte tanto de inspiração quanto de problemas financeiros.

A pesquisa também revelou que 77% dos lares brasileiros têm dívidas, sendo que 30% possuem pelo menos uma dívida atrasada. Apesar do cenário ter melhorado em relação ao auge da pandemia, os indicadores permanecem em níveis elevados.

No entanto, houve uma redução no endividamento, que pode ser atribuída ao lançamento do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, e à melhoria das condições de emprego e renda. A taxa de desemprego caiu de 8,3% para 7,6% e o rendimento médio real dos brasileiros teve um aumento de 3,9% entre outubro de 2022 e 2023.

A situação de endividamento afeta negativamente diversos aspectos da vida pessoal dos inadimplentes, de acordo com a pesquisa. Os principais impactos estão relacionados ao estado emocional, felicidade, autoestima, vida familiar, sono e vida profissional. A pesquisa também revelou que 98% das pessoas endividadas afirmam que sua situação financeira afeta negativamente pelo menos um aspecto de suas vidas.

De acordo com a Serasa, o número de inadimplentes no Brasil aumentou de 63,8 milhões em janeiro de 2020 para 72 milhões em outubro de 2023, o equivalente a 43,9% da população adulta. O total das dívidas negativadas chega a R$ 376,8 bilhões.

Portanto, é importante que os brasileiros estejam conscientes dos impactos das redes sociais em suas finanças e procurem controlar seu consumo e evitar comparações com outros usuários. Além disso, é fundamental um planejamento financeiro adequado para evitar o endividamento e suas consequências negativas na vida pessoal e profissional.

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