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Crédito privado: bom demais para ignorar? Papéis isentos e do varejo estão no radar dos gestores

Crédito privado: bom demais para ignorar? Papéis isentos e do varejo estão no radar dos gestores

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Oportunidades no mercado de crédito privado no Brasil animam gestores de fundos de investimentos

O mercado de crédito privado no Brasil está animando os gestores de fundos de investimentos devido às oportunidades que estão surgindo. Após o caso das empresas Americanas e Light, as taxas ainda se mantêm altas e o risco está controlado. Os especialistas destacaram que gostam das oportunidades do setor, destacando que existem títulos de debêntures que pagam inflação mais 8% ao ano, livre de Imposto de Renda, o que é considerado algo fenomenal.

De acordo com Marco Freire, sócio e CIO dos fundos líquidos na Kinea, as debêntures incentivadas são uma excelente opção de investimento, já que pagam taxas atrativas e superam a rentabilidade da Bolsa. Ele ressalta que o crédito brasileiro não é uma opção estrutural de investimento, mas que o momento atual apresenta oportunidades muito boas para serem ignoradas. Ele explica que o spread de crédito está alto após os casos da Americanas e da Light, mas a tendência é que a situação financeira das empresas melhore daqui para frente.

A Ibiuna Investimentos destaca os títulos de varejistas como boas oportunidades de investimento. Após os eventos envolvendo as empresas Americanas e Light, houve uma abertura dos spreads, estabilização e um fechamento subsequente. No entanto, segundo Vivian Lee, sócia e CIO da área de crédito da Ibiuna Investimentos, no mercado de varejo, os spreads ainda estão abertos devido ao fechamento da janela para captação no mercado de capitais e para obter financiamento por meio do mercado bancário.

O momento favorável para o investimento em debêntures não se restringe apenas ao varejo. As debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda e podem ser emitidas por setores como energia, saneamento básico, saúde e educação, também foram citadas como boas opções pelos especialistas. No entanto, é importante ter cuidado na hora de selecionar os ativos.

Leonardo Ono, gestor de renda fixa crédito privado da Legacy, destaca a importância de se posicionar nesse ciclo de corte de juros do Banco Central. Ele afirma que estudos feitos pela casa apontam que as taxas de títulos atrelados à inflação apresentam queda nos anos em que o Banco Central inicia o ciclo de corte de juros. Ele acredita que os investidores podem se deparar com retornos perto de IPCA mais 4% daqui para frente.

Marco Freire argumenta que o momento de comprar prefixados já passou, pois o risco-retorno não é favorável para esse tipo de investimento. Ele alerta para a expectativa de alta do dólar e das commodities, o que pode aumentar a inflação e, consequentemente, a taxa Selic. Além disso, a percepção de risco acerca dos prefixados pode aumentar caso os Estados Unidos aumentem os juros antes do final do ano, diminuindo a diferença em relação à taxa Selic.

Portanto, o mercado de crédito privado no Brasil apresenta boas oportunidades para investidores. As debêntures incentivadas e os títulos de varejistas são destacados pelos especialistas como opções atrativas, porém é necessário analisar cuidadosamente os ativos antes de investir. Além disso, é importante considerar os riscos relacionados ao cenário econômico e às taxas de juros, tanto no Brasil quanto no exterior.

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